A venda do Colégio Estadual Odorico Tavares, no bairro do Corredor da Vitória, em Salvador, foi autorizada pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), após votação na Casa na noite de segunda-feira (27), em Salvador.
O Projeto de Lei 23.724/20 que autoriza a alienação do imóvel onde funcionava o colégio foi aprovado com 31 votos a favor e 12 contrários.
De acordo com o governo do estado, o dinheiro da venda será utilizado para construir e reformar outras escolas da Bahia.
O Odorico Tavares foi fundado em 1994, com capacidade para mais de três mil alunos tinha. No último ano, cerca de 300 alunos estavam matriculados e a redução de estudantes foi a justificativa do governo para decisão da venda da unidade de ensino.
Ainda segundo o governo, a venda do colégio pode render R$ 50 milhões aos cofres do estado. O governador Rui Costa pretende publicar, ainda nesta semana, processos licitatórios para a construção de novas escolas em Salvador nos bairros de Lobato, Paripe, Cabula (Estrada das Barreiras), São Cristóvão, Pau da Lima, Imbuí, Fazenda Grande do Retiro e Vila Canária.
Unidades de ensino no interior e região metropolitana também serão construídas. As cidades que devem ser contempladas são: Teixeira de Freitas, Candeias, Lauro de Freitas e a comunidade quilombola de Laje dos Negros, em Campo Formoso, que será entregue em março deste ano.
Rui Costa informou que até o final do mandato, 60 novas escolas serão construídas em todo o estado.
Polêmica
O tema da venda do Odorico é polêmico entre os alunos que ainda estavam na instituição. Eles fizeram ao menos três manifestações no mês de dezembro de 2019, quando foi anunciada a possibilidade de encerramento das atividades da escola.
Após a confirmação de venda pelo governador, cerca de 35 estudantes e funcionários ocuparam o Colégio Estadual Odorico Tavares, no dia 21 de janeiro, em ato de protesto contra o fechamento da unidade de ensino. Eles saíram do prédio por volta de 1h20 do dia 22.
Três dias após a ocupação feita por estudantes e funcionários, na manhã da última sexta-feira (24), o Colégio Estadual Odorico Tavares amanheceu com tapumes. Estudantes, professores e associados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) fizeram outro protesto na sexta-feira em frente a unidade de ensino.
Segundo informações da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), a instalação dos tapumes foi feita para garantir a conservação do patrimônio. O órgão também informou que já entregou a documentação dos estudantes que frequentaram a unidade escolar no ano passado.
A Secretaria de Educação informou que com o fechamento do Odorico Tavares, os estudantes poderão se matricular em unidades próximas da região, como o Colégio Estadual Manoel Novais (Canela), que fica a cerca de 1 km do Odorico; o Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas (Nazaré); e o Colégio Estadual da Bahia – Central (Nazaré).
G1