Subiu para 72 o número de pessoas desaparecidas após o edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, pegar fogo e desmoronar, na terça-feira passada (1°). Antes, tinha-se o registro de 49 pessoas.
O número foi confirmado pelo Corpo de Bombeiros no início da tarde desta segunda-feira (7) e trata-se de pessoas que não fizeram contato com parentes ou autoridades e não necessariamente estariam nos no prédio.
Hoje, o trabalho da corporação nos escombros do edifício que ruiu completa sete dias.
Mais cedo, a arcada dentária e o tecido humano encontrados pertencem a Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro. A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho. Pinheiro era o homem que estava pendurado por uma corda e sendo resgatado no momento do desabamento. Parte do seu corpo foi encontrado na sexta-feira (4).
“Os bombeiros localizaram ontem um pouco do tecido humano e uma parte de uma arcada dentária. Obtive confirmação da Polícia Técnica Científica de que tanto o tecido quanto a arcada são da vítima Ricardo”, disse.
Pedido de socorro
Momentos antes de desaparecer em meio ao desabamento e às chamas do edifício, Ricardo Pinheiro pediu ajuda para a PM (Polícia Militar).
De acordo com a gravação do telefonema, fornecido pela PM, Ricardo Pinheiro disse que estava na cobertura do prédio e, no momento, o fogo já consumia o edifício. “Eu tô no prédio. Eu tô no último andar. O fogo já tá aqui em cima”, afirmou.
O morador informou, ainda, que estava sozinho no local: “Teve gente que não conseguiu subir por causa da fumaça. É muito tóxica”.
Pinheiro finaliza a ligação para a PM solicitando ajuda: “Por favor, manda o helicóptero. Me tira daqui!”
R7