Uma pesquisa divulgada, nesta segunda-feira (27), pela Quaest revelou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta o maior índice de reprovação desde o início da atual gestão.
Segundo o levantamento, 49% dos eleitores brasileiros desaprovam o trabalho do presidente, enquanto 47% o aprovam. É a primeira vez que a reprovação supera numericamente a aprovação na série histórica iniciada em fevereiro de 2023.
Em comparação com o levantamento anterior, divulgado em dezembro de 2024, a aprovação caiu cinco pontos percentuais, de 52% para 47%, enquanto a reprovação subiu dois pontos, passando de 47% para 49%.
De acordo com Felipe Nunes, diretor da Quaest, o resultado reflete a insatisfação dos eleitores com a condução da economia e o descumprimento de promessas de campanha.
“Primeiro, Lula não consegue cumprir suas promessas. Esse percentual sempre foi alto, mas chegou ao seu maior patamar em janeiro de 2025: 65%. Ou seja, mais do que gerar esperança, o atual governo produz frustração na população”, afirma Nunes.
O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e realizado entre os dias 23 e 26 de janeiro de 2025. Foram entrevistados 4.500 eleitores em todo o Brasil, com uma margem de erro geral de um ponto percentual, para mais ou para menos.
REGIÕES
A pesquisa identificou que o Nordeste continua sendo o principal reduto de apoio ao governo Lula, com 60% de aprovação e 37% de reprovação. No entanto, houve uma queda em relação ao levantamento de dezembro, quando 67% aprovavam e 32% desaprovavam o presidente.
“Perder popularidade no Nordeste e na renda baixa significa que o governo está perdendo base que deixa de defendê-lo”, avaliou Nunes. A margem de erro para este recorte é de quatro pontos percentuais.
No Sudeste, a desaprovação permaneceu estável em 53% em relação às duas pesquisas anteriores, enquanto a aprovação caiu de 44% para 42%. A margem de erro para a região é de três pontos percentuais.
No Centro-Oeste e no Norte, os números se mantiveram praticamente inalterados, com 49% de desaprovação (antes 50%) e 48% de aprovação. A margem de erro é de cinco pontos percentuais.
Já no Sul, os dados mostram uma piora significativa na avaliação do governo: a desaprovação subiu de 52% para 59%, enquanto a aprovação caiu de 46% para 39%. A margem de erro para a região é de seis pontos percentuais.
Bahia Notícias