A rotina do dia a dia por vezes tira a atenção sobre a necessidade de descartar corretamente os materiais perfurocortantes. No entanto, é preciso ter cuidado para identificar nas embalagens os lixos que contêm vidros, pregos, seringas, agulhas, entre outros objetos que podem arriscar a integridade física dos agentes de limpeza e coleta.
Na hora do descarte de vidros pequenos, por exemplo, a engenheira sanitarista e ambientalista, coordenadora de educação e comunicação da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), Rosemary Mascarenhas, instrui que o ideal é que sejam acondicionados em garrafas pets, caixinha de leite ou de sapato, entre outras embalagens. É necessário lembrar também de vedar a borda, de forma que o material não se desprenda no momento do descarte e da coleta.
Já os cacos de vidros maiores podem ser embrulhados em jornal ou papelão e, ainda, depositados em caixas de sapatos. “Feito isso, vale destacar a importância de que seja colocada na parte externa a informação que ‘contém vidro quebrado’, de forma legível. Assim, os agentes de limpeza e outras pessoas que manusearem o saco, vão ficar cientes dos riscos”, orienta a coordenadora.
Ferimentos graves – Atuando diretamente nas coletas de rua, o agente de limpeza Jefferson dos Santos conta que, ao longo do seu expediente, se depara com objetos como giletes, seringas, vidro e espetos, descartados de forma irregular. “Nunca sofri nenhum acidente, porém conheço colegas que já tiveram ferimentos graves. Isso aumenta o medo de que ocorra com outro de nós, por isso o apelo pelo cuidado no descarte correto”, contou.
Nos casos dos materiais perfurocortantes, como agulhas e seringas, devem ser colocados dentro de uma caixa e entregues nos postos de saúde. Havendo impossibilidade da entrega, deve ser depositado dentro de uma garrafa pet ou recipiente plástico com tampa, e identificar na parte externa que se trata de “material perfurocortante”.
“Ao disponibilizar os materiais para a coleta, é importante ressaltar que as embalagens devem ser colocadas em locais visíveis e não dentro do saco com o restante dos resíduos. Isso ajuda a garantir a segurança dos profissionais que trabalham na retirada dos resíduos”, acrescenta a coordenadora de educação da Limpurb.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom