Um estudo desenvolvido por pesquisadores das universidades de Harvard, nos EUA, e Imperial College London, no Reino Unido, descobriu que o baixo crescimento no útero da mãe é o principal fator de risco para que crianças de dois anos apresentem atraso no desenvolvimento. A pesquisa buscou identificar, segundo O Globo, as maiores causas de uma estatura menor que dois ou mais desvios de padrão com relação à média global para a idade. Cerca de um terço das crianças com dois anos sofria com o atraso nos países em desenvolvimento em 2011. Foram analisados 18 fatores de risco que envolviam nutrição e saúde da mãe; maternidade na adolescência e curto intervalo entre gestações; restrições no crescimento do feto e nascimentos prematuros; nutrição e saúde da criança; e fatores ambientais. “Estes resultados enfatizam a importância de intervenções precoces antes e durante a gravidez, especialmente nos esforços para atacar a desnutrição”, afirmou Goodarz Danaei, professor da Escola de Saúde Pública T.H. Chan da Universidade de Harvard e líder do estudo. “Tais esforços, associados a melhorias no saneamento e redução da diarreia, preveniriam uma proporção substancial dos casos de atraso do desenvolvimento na infância nos países em desenvolvimento”. Além de uma questão de saúde pública, o pesquisador classificou o atraso no desenvolvimento das crianças como um fardo econômico para países que sofrem com a pobreza.
Bahia Notícias