No bairro de Amaralina, um dos acessos ao circuito Barra-Ondina, no Carnaval de Salvador, a Operação Lei Seca monitorou, nesta segunda-feira (3), o consumo de bebida alcoólica no trânsito da capital baiana. Desde a última quinta-feira (27), 1.176 motoristas fizeram o teste do bafômetro nos principais circuitos da festa e nos bairros de entorno. Instalada em pontos estratégicos da cidade, a operação já abordou 1.506 condutores.
“O problema é beber e dirigir. Queremos, principalmente, coibir essa prática. Nós trabalhamos durante todo o verão, intensificando essa operação, em prol do cidadão, para que ele possa brincar, se divertir, sem se envolver em acidentes de trânsito. No Carnaval, o trabalho é ainda maior, porque a cidade está lotada de turistas e a intenção da operação é reduzir, justamente, os sinistros”, explicou o coordenador executivo de trânsito do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA), tenente-coronel Orlando Rodrigues.
Durante a abordagem são solicitados os documentos do condutor e do veículo e realizado o teste de alcoolemia. A multa para quem acusar consumo de álcool é de R$2.934,70, além da suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista por um ano.
Para o folião Rodrigo Macedo, de 35 anos, as blitze são fundamentais para a redução de acidentes. “Até mesmo para averiguar as condições do carro, mas, principalmente, para evitar acidentes de trânsito por irresponsabilidade com bebida”, avaliou.
O Detran-BA tem realizado blitz frequentes, em conjunto com a Polícia Militar da Bahia (PMBA), para frear o consumo de álcool no trânsito desde o início do verão, quando a cidade passou a receber um fluxo maior de pessoas. Segundo o tenente-coronel Orlando Rodrigues, ações educativas nos circuitos carnavalescos também estão sendo realizadas.
“Estamos na TV, rádio, internet e nos circuitos do Carnaval, com postos na Barra, Ondina, Campo Grande e Pelourinho. Além dos testes de alcoolemia, explicamos como funciona o equipamento e colocamos um adesivo nos condutores. Se for verde, está liberado. Se for vermelho, não pode dirigir. Buscamos, dessa forma, educar o nosso cidadão”, sinalizou o coordenador do Detran-BA.
O taxista Carlos dos Santos trabalha nos circuitos e aprovou a iniciativa. “As pessoas abusam. Então, é necessário, realmente. Eu nunca tive problema nenhum com blitz. Eu quero que o pessoal tenha consciência”, pontuou.
De dezembro até os primeiros dias de março, foram realizadas 216 operações na capital e Região Metropolitana e 114 no interior da Bahia.