Nesta sexta-feira (30) ocorre o “Dia D” da Semana Nacional de Combate ao Aedes. Embora seja promovida pelo Ministério da Saúde, as ações são determinadas localmente, de acordo com cada município.
O objetivo é realizar o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, para prevenir risco de nova epidemia no país.
Entre as atividades propostas pelo Ministério estão visitas domiciliares para localização de focos do mosquito, mutirões de limpeza, distribuição de materiais informativos e ações culturais com o intuito educacional.
No total, 210 mil unidades públicas e privadas do país foram mobilizadas, sendo 146 mil escolas da rede básica, 11 mil Centros de Assistência Social e 53 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), segundo o Ministério.
Na cidade de São Paulo, a Secretaria de Saúde informou que as ações serão realizadas em parques públicos. Agentes de saúde darão instruções sobre como eliminar focos de mosquito e como identificar áreas que exigem atenção.
No Rio de Janeiro, a programação contará com atividades na sede da prefeitura, em unidades de saúde de atenção primária e escolas municipais com o intuito de conscientização sobre as doenças.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, a principal preocupação é com a chikungunya. O Estado registrou aumento de 750% dos casos da doença, que passou de 4.293 casos no ano passado para 32.245 este ano.
De acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, de 13 de novembro, houve aumento do número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em oito Estados: Acre, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Mas, de uma forma geral, o país registrou uma queda de 47% dos casos de dengue, zika e chikungunya em relação ao ano passado, com cerca de 300 mil casos dessas doenças até o momento.
O mosquito Aedes aegypti é o vetor da dengue, zika e chikungunya, que são causadas por vírus distintos. A zika também é transmitida pelo sêmen na relação sexual e de mãe para filho, levando a problemas neurológicos no feto como a microcefalia.
Estudos recentes mostram que a dengue durante a gestação também pode provocar defeitos congênitos no feto, embora o risco seja bastante reduzido.
Não há vacina contra essas doenças pelo SUS. Na rede particular, uma vacina da dengue está disponível, no entanto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o próprio laboratório produtor do imunizante anunciou que ele só pode ser utilizado por quem já teve a doença. Chamada de Dengvaxia, caso seja aplicada em quem nunca teve dengue, ao ter contato com o vírus, pode desenvolver a forma mais grave da doença.
R7