Os agricultores familiares, responsáveis por 77% da produção de alimentos que chega à mesa dos baianos, celebraram nesta terça-feira (25) o Dia Internacional da Agricultura Familiar. A data é resultado de um movimento internacional, coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em especial pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que determinou, em 2014, o Ano Internacional da Agricultura Familiar.
Na Bahia, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), reafirma o compromisso de continuar investindo para fortalecer o desenvolvimento rural no estado. Nesta perspectiva, um conjunto de iniciativas está sendo executado, como a oferta de serviço de assistência técnica e extensão rural (ATER), implantação de agroindústrias, para processar e agregar valor aos produtos da agricultura familiar, ações de comercialização para escoamento da produção e acesso a mercado, além de distribuição de mudas frutíferas, distribuição de palma para a segurança alimentar do rebanho, acesso à terra e água para produção.
Já são mais de 20 mil títulos de terra emitidos e 40 mil a serem entregues; 17 mil famílias beneficiadas pelo Bahia Produtiva e 70 mil famílias atendidas pelo Pró-Semiárido, projetos executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR); e mais de 170 mil famílias assistidas com o serviço de ATER, a exemplo da agricultora Maria de Fátima de Jesus, do município de Fátima, no Território Semiárido Nordeste II.
Maria de Fátima e o marido, José Domingos Silva dos Santos, cultivam em seu quintal produtivo milho, feijão, hortaliças, variedades de frutas e amendoim, e cria ovinos e aves. Ela conta que “antes, a gente não tinha o conhecimento sobre agrotóxicos e apesar de não usar veneno, fomos ainda mais incentivados a não utilizar. A assistência técnica mudou o nosso modo de plantar, de criar os animais e favoreceu a diversificação e o aumento da produção”.
Aumento da produção
O agricultor Adailton Fernandez de Souza, do município de Senhor do Bonfim, no Território Piemonte Norte de Itapicuru, destaca que ATER proporcionou um aumento considerável da produção. “Estamos cada dia mais melhorando a nossa situação e ganhando incentivo para trabalhar mais. Além disso, a gente usava muito veneno na plantação. Agora, aprendemos a matar as pragas sem prejudicar nossa saúde e o meio ambiente, e isso deu mais valor ao que plantamos, pois agora vendemos um produto puro e saudável”.
O titular da SDR, Jerônimo Rodrigues, ressalta que o Governo do Estado vem investindo para que a agricultura familiar, de fato, possa responder às expectativas de produção de alimentos saudáveis e de cuidar do meio ambiente. “Esta data é muito importante para a Bahia e para o Brasil, pois celebramos o Dia da Agricultura Familiar. É o povo que produz alimento, cuida do meio ambiente e mantém acesa a cultura do rural baiano. Celebramos esta data com afinco, com políticas públicas, a exemplo de agroindústrias, ATER, estradas, acesso à água de produção, porque nós sabemos a competência de agricultores e agricultoras filiados em associações, sindicatos e cooperativas. Queremos uma agricultura familiar cada vez mais forte”.
Também estão sendo realizadas iniciativas para o agricultor e agricultora familiar conviverem melhor com o semiárido, além da inovação tecnológica que chega ao campo com entregas de máquinas e equipamentos, que possibilitam a diminuição do esforço manual e aumentam a produtividade da agricultura familiar.
SAecom