Controle e acompanhamento de doenças ficaram em segundo plano com o confinamento e distanciamento físico provocado pelo novo coronavírus no Brasil. O mês de novembro carrega em seus dias a campanha do ‘Novembro Azul’ para disseminar informações sobre prevenção do câncer de próstata, mas também é o mês da conscientização e diagnóstico precoce do diabetes mellitus. O ‘Dia Mundial do Diabetes’ ocorre todos os anos em 14 de novembro, data de nascimento de Frederick Banting, canadense que, juntamente com Charles Best, foi responsável pelo descobrimento da insulina. Nessa data, todos os grandes monumentos do mundo são iluminados de azul.
O diabetes mellitus é uma doença crônica na qual o corpo produz o hormônio insulina de maneira insuficiente e/ou não consegue utilizá-la adequadamente. A insulina é produzida pelo pâncreas e controla a quantidade de glicose no sangue, obtida por meio dos alimentos, como fonte de energia. Há diferentes tipos de diabetes: Tipo 1 – em sua maior parte, de origem auto-imune, ocorre em qualquer idade, sendo mais frequente em crianças e adolescentes; Tipo 2 – mais comum em adultos, associado a sedentarismo e excesso de peso; e o Diabetes Gestacional – níveis elevados de glicose no sangue que aparecem durante a gravidez e está associado a complicações para a mãe e o filho, sendo que normalmente desaparece após a gestação, porém aumenta o risco de aparecimento da doença a longo prazo.
Diferentemente do diabetes Tipo 1, em que ainda não há maneiras de se prevenir para a doença, diversas pesquisas ao redor do mundo estabeleceram que a modificação do estilo de vida com realização de 150 minutos de atividade física por semana, alimentação saudável, controle do peso e acompanhamento médico periódico para medir níveis de colesterol e triglicérides pode atrasar ou prevenir o aparecimento de diabetes Tipo 2.
De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), até 2040 serão mais de 23 milhões de pessoas vivendo com diabetes no Brasil. O país é o maior em número de pessoas com a doença na América Latina: 16,5 milhões de brasileiros que convivem com a doença, sendo que a metade desconhece ter o problema.
“Pessoas com diabetes devem manter o acompanhamento médico regular e fazer dosagem de hemoglobina glicada no mínimo duas vezes ao ano. Porém, em casos em que os valores de glicemia estão fora da meta terapêutica, o exame deve ser repetido até quatro vezes no período em paralelo a ajustes do tratamento. Uma solução que auxiliou mais do que nunca nesse processo de pandemia foi a possibilidade de realização de consultas via telemedicina. O autocuidado é importante e o acesso a orientações por meio digital nos trouxe grandes benefícios, revelando que é possível manter a atenção na saúde mesmo sem a consulta física”, explica a Dra. Milena Gurgel Teles, endocrinologista do Grupo Fleury, detentor da marca Diagnoson a+.
Dra. Milena é médica endocrinologista do Grupo Fleury e recentemente publicou artigo sobre telemedicina e manejo de diabetes no Brasil.
Referência: J Diabetes Sci Technol 2020 Jul;14(4):797-798.
Plataforma de telemedicina ‘Cuidar Digital’
O serviço de telemedicina do Grupo Fleury cresceu 50% no terceiro trimestre de 2020, somando mais de 70 mil consultas realizadas desde abril (sendo consultas realizadas pela SantéCorp e pela plataforma Cuidar Digital). Já o serviço de atendimento móvel da companhia, que auxiliou durante a pandemia do novo coronavírus e possibilitou que exames clínicos fossem feitos em casa, como por exemplo os que detectam o diabetes, aumentou 113% no mesmo período.
Parceria com a startup GlucoGear
Além disso, o Grupo Fleury firmou recentemente uma parceria com a startup GlucoGear, criadora da plataforma GlucoTrends que digitaliza a jornada de cuidado integrado em Diabetes e guia o paciente na rotina de cuidado, disponibilizando análises de controle glicêmico aos profissionais de saúde para melhor acompanhamento remoto. Adicionalmente, utilizando inteligência artificial, a GlucoGear propõe tratamento do Diabetes à era da medicina personalizada, utilizando algoritmos para previsão de glicemia, otimização de dosagem de insulina e planejamento nutricional como ferramentas de suporte à decisão médica, bem como suporte diário ao paciente. A tecnologia consegue auxiliar o paciente com base em quatro pilares de dados: histórico de glicemia, medicamentos aplicados, alimentação e atividade física realizada.
“A parceria entre a GlucoGear e o Grupo Fleury trouxe um potencial de inovação no tratamento das pessoas com diabetes, já que utiliza ciência de dados e inteligência artificial em direção à medicina personalizada e de precisão”, finaliza o Dr. Pedro Saddi, endocrinologista do Grupo Fleury.