Gosta de doces? Mas é do tipo de pessoa fanática por brigadeiro e chocolate ou topa algumas novidades? Sendo assim, quando estiver perto de Vilas do Atlântico vá conhecer o espaço do chefe pâtissier Gustavo Candotta, o Saint Michel Café.
O local é muito bonito. Tem uma cozinha aberta, o que se torna bem interessante já que trabalham com peças da requintada doceira francesa. Eles também trabalham com opções de salgados, mas como fui lá por causa dos doces é sobre eles que pretendo falar.
Tudo tem um apelo visual muito grande, mas já adianto que a aparência encanta mais do que o gosto. O problema não está nos doces oferecidos na casa e sim nas minhas preferências pessoais, que não englobam a patisseria à base de creme. Também esperava resultados onde os ingredientes principais, no caso cereja e pistache, tivessem um sabor mais presente dentro das delicadas peças.
Eles produzem também lindos macarrons, os famosos docinhos franceses que possuem muitos fãs dentro e fora da França. Acredito que, mais uma vez, a culpa da minha insatisfação escapa às mãos do hábil chefe. Está na verdade na tônica humidade da grande Salvador X delicadeza da peça. Nunca comi um macarron que me agradasse aqui na cidade (só que até hoje ainda sigo buscando…). Para mim a experiência é apenas uma triste lembrança da real, que aconteceu na França há alguns anos.
Os pâtissiers que trabalham em Salvador falam no desenvolvimento de uma receita própria para poderem ofertar macarrons para o mercado local. A minha sugestão para comensais tão exigentes quanto a que vos escreve é: nunca coma macarron em outras cidades/ países e viva feliz com os nossos ou prove e sinta o verdadeiro prazer de saborear um bom macarron e abdique de ter versões aceitáveis perto de você.
Confesso que quando a saudade aperta muito faço os meus próprios macarrons. Dá muito trabalho mas o resultado compensa (não o suficiente para tornar este hobby, agora não mais tão secreto, em ganha pão). Em termo de aparência, não chegam nem perto das belas peças confeccionadas pela equipe de Candotta e por tantos outros chefes talentosos que trabalham na nossa cidade, mas em termos de sabor tenho momentos muito felizes com meus “macamonstros” sem correr o risco de me deparar com os monstros de carne e osso que andam atacando o velho continente nestes últimos tempos…