O Bahia vai precisar pegar um empréstimo de R$ 17 milhões. O assunto, no entanto, por parte de alguns torcedores soou com estranheza. Isso porque em 2016 o Bahia teve receita bruta o valor de R$ 83.143.547. Em 2017, esse valor subiu para mais de R$ 99 milhões, sendo essa a maior receita da história do clube. Essa quantia cresceu por causa da assinatura de contrato do clube com o canal Esporte Interativo para a transmissão dos jogos em TV fechada entre 2019 e 2024. Se o clube entrou em 2017 com R$ 99 milhões em caixa, pegar empréstimo porquê? Eis as respostas…
O vice-presidente do clube, Pedro Henriques, esteve presente no ‘Programa do Esquadrão’ desta segunda-feira (18), na Rádio Sociedade, para esclarecer alguns pontos importantes. O Conselho Deliberativo do clube terá reunião nesta terça-feira (18), para apresentar e discutir o assunto.
– É importante esclarecer que, desde dezembro, a diretoria apresentou um orçamento, que previa gastos, respeitando o plano de gestão escolhido pelos sócios, tudo que vem sendo combinado. Na apresentação deste orçamento, havia a previsão de um déficit de R$ 17 milhões e da necessidade de um empréstimo ou um adiantamento. Hoje o Bahia tem receita prevista, e isso vem se realizando, de R$ 99 milhões para os investimentos, para recuperar patrimônio, dar a manutenção adequada, investir no time, criar novos patrimônios, como uma base na Arena Fonte Nova, uma loja na Arena Fonte Nova, uma central de sócios na Arena Fonte Nova, todos os investimentos previstos no orçamento – afirmou Henriques.
O dirigente ainda destacou que o Bahia não trabalha apenas com a possibilidade do empréstimo, mas procura também gerar novas fontes de receita. Henriques deixa claro que o clube possui dinheiro em caixa, mas o empréstimo seria um forma da agremiação não se enrolar entre pagamento de débitos e contratação de novas dívidas. A previsão de gastos para 2017, ainda segundo o dirigente, é de R$ 115, R$ 116 milhões.
– Nós previmos gastos maiores que R$ 99 milhões, de R$ 115, R$ 116 milhões. Para não ter problemas de caixa ao longo do ano, a gente precisa criar novas receitas. Ou por meio de patrocinador ou venda de atletas, talvez com dinheiro de direitos de TV. A gente só vendeu a TV fechada. Existem possibilidades. Entretanto, uma diretoria de gestão responsável, precisa se planejar para eventualidades, tendo em vista que já havíamos previsto um déficit e a possibilidade de empréstimo. (…) Hoje, efetivamente, o Bahia tem dinheiro em caixa. O Bahia não vai pegar esse empréstimo imediatamente, mas já se começa a trabalhar para viabilizar a melhor negociação possível para ter a menor sobretaxa, os menores juros… Eventualmente, caso sejam confirmadas as previsões do orçamento, o Bahia vai ter um déficit neste ano, principalmente porque estamos investindo na recuperação de patrimônio do clube – explicou.