São Paulo, Brasil
“Quando você proíbe uma partida de futebol, entre outros, você parte para um histerismo.
“(…) Poderiam vender um percentual de ingressos pelo menos.
“Levando-se em conta a quantidade de pessoas que comportam nas arquibancadas e não partir para proibir isso ou aquilo.”
As palavras do presidente Jair Bolsonaro, ditas há exatamente um mês, ainda repercutem na Federação Paulista de Futebol.
A esperança de pessoas ligadas à cúpula da entidade, para o retorno mais rápido do Campeonato Paulista, do futebol no país, passa por Bolsonaro.
E pela escolha do seu novo ministro da Saúde.
Assim como na Federação Carioca.
E na própria CBF.
Há a certeza que a rigidez no confinamento, que impede a volta do futebol, passa pelo ministro Luiz Henrique Mandetta.
Mandetta sofre um processo de desgaste com Bolsonaro.
E pode ser demitido, ou entregar o cargo, entre hoje e sexta-feira.
“São sessenta dias tendo de medir palavras.
“Você conversa hoje, a pessoa entende, diz que concorda, depois muda de ideia e fala tudo diferente.
“Você vai, conversa, parece que está tudo acertado e, em seguida, o camarada muda o discurso de novo.
Já chega, né?
“Já ajudamos bastante”, desabafou o ministro à Veja, ontem no final da noite.
Pode ter tido o peso de seu último desabafo.
O clima está insustentável.
Há em várias Federações que, saindo Mandetta, o futebol brasileiro seguirá o alemão, que já liberou os clubes para a retomada do campeonato germânico, mesmo com a pandemia do coronavírus.
Bolsonaro, assim como Donald Trump, aprovaria o futebol disputado sem público, como uma forma de tirar a tensão da população confinada.
Mas para isso, a saída de Mandetta é fundamental.
O atual ministro não aceita a volta de eventos esportivos.
Não enquanto o Brasil não superar o pico da pandemia que, para ele, acontecerá durante o mês de maio.
Tudo indica que a saída de Mandetta será apenas uma questão de horas.
Para entusiasmo de pessoas ligadas à FPF
À FERJ.
E à CBF…
R7