Devotos da Santa Dulce dos Pobres se reuniram na manhã desta quarta-feira (13) para celebrar os dois anos de canonização do Anjo Bom da Bahia. O grupo participa de celebrações na paróquia que leva o nome da religiosa, no bairro do Saboeiro, em Salvador.
A primeira missa foi realizada às 7h, presidida pelo bispo auxiliar Dom Marco Eugênio Galrão Leite de Almeida, e o templo segue durante todo o dia com programações especiais, em comemoração pelo “Dia da Gratidão”.
De acordo com a Arquidiocese de Salvador, os devotos podem participar das Celebrações Eucarísticas ao longo do dia, e as próximas acontecerão às 12h, às 15h e às 19h, com os padres Tony Cavalcante, Valson Sandes e Márcio Augusto, respectivamente.
Já às 18h será realizado o Te Deum (A Ti, Deus), que é um hino da Liturgia das Horas, rezado aos domingos e dias solenes.
Canonização de Irmã Dulce
Há dois anos os brasileiros “ganharam” uma santa para chamar de sua. Em 13 de outubro de 2019, Irmã Dulce, uma das religiosas mais populares do Brasil devido ao trabalho social prestado aos mais pobres e necessitados, foi canonizada pelo Papa Francisco no Vaticano e tornou-se a Santa Dulce dos Pobres.
A canonização trouxe visibilidade para a Bahia, especialmente em relação ao turismo religioso, e aproximou ainda mais os admiradores da freira ao catolicismo. Desde então, a data é celebrada a cada ano como se fosse um momento inédito.
O Vaticano considera Santa Dulce a primeira santa brasileira. Apesar de outras brasileiras e uma religiosa que atuou no país terem sido canonizadas anteriormente, Dulce foi a primeira mulher nascida no Brasil que teve milagres reconhecidos pela Igreja Católica.
Antes mesmo do 13 de outubro, os brasileiros, principalmente os baianos, tomaram conta de Roma. Em todos os cantos era possível ver pessoas conversando em português, falando da expectativa da canonização, relembrando o quanto Irmã Dulce era dedicada a ajudar as pessoas.
Além de Irmã Dulce, foram canonizados no mesmo dia, o teólogo e cardeal inglês John Henry Newmann, um dos principais intelectuais cristãos do século 19; a religiosa italiana Giuseppina Vannini; a religiosa indiana Mariam Thresia Chiramel Mankidiyan e a catequista suíça Margherita Bays.
A cerimônia de canonização contou com diversos políticos brasileiros, autoridades da Bahia, além do príncipe Charles, do Reino Unido, que participou da missa já que um dos santos que foram canonizados era britânico.
No dia seguinte à celebração presidida pelo papa, foi a vez da “festa” particular dos baianos. A primeira missa em homenagem à Santa Dulce foi realizada em Roma, em 14 de outubro. A presença de brasileiros, e principalmente baianos, era tão grande que a celebração parecida acontecer em uma igreja do Centro Histórico de Salvador ou no Santuário de Dulce dos Pobres.
Como vários fatos marcantes da vida de Irmã Dulce têm relação com o número 13, incluindo a data em que é celebrada a Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, em 13 de agosto, o g1 listou treze momentos para você relembrar as celebrações durante e pós-canonização.