Dois homens suspeitos de envolvimento na morte do assessor da Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodeb), Michel Batista de Sá, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Os suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público (MP-BA) por latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
O crime ocorreu em agosto de 2018, durante negociação com relação à venda de um carro que pertencia a Michel. O veículo seria vendido por R$ 73 mil.
De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), as denúncias contra Maurício Lucas Teive e Argollo e Itazil Moreira dos Santos foram aceitas pelo órgão no dia 31 de dezembro. As prisões preventivas foram decretadas no dia 11 de fevereiro.
O principal suspeito de matar Michel Sá é Gabriel Bispo dos Santos, que está preso em Salvador desde o dia 23 de novembro de 2018. Gabriel confessou participação no golpe, mas nega que tenha assassinado a vítima. O crime ocorreu em agosto do ano passado.
Segundo documento do Ministério Público, Gabriel e os dois suspeitos amordaçaram Michel e o fizeram refém. Eles teriam levado a vítima para a Avenida Tamburugy, em frente ao Condomínio Mediterrânea, no bairro de Patamares, empurraram ele para fora do carro e o executaram.
Ainda na denúncia, o MP-BA diz que o trio roubou carro e cartões de crédito de Michel, e usaram para fazer compras de telefones celulares.
De acordo com a polícia, Gabriel tinha um suposto interesse em comprar o carro, que foi anunciado em um site de vendas por Michel. Ele chegou a negociar com a vítima, mas a transação não foi finalizada.
O motivo seria uma suposta transferência feita por Gabriel que não caiu na conta de Michel. A família da vítima diz que Gabriel fingiu ter caído em um golpe para enganar Michel, durante a negociação. Ao achar que o suposto comprador tinha caído em um golpe, Michel ainda tentou ajudá-lo.
Caso
- Michel Batista de Sá foi morto a tiros no dia 16 de agosto, após ser torturado durante a negociação da venda de um carro. Ele tinha 35 anos, era casado e deixou um filho de nove meses.
- O crime ocorreu durante negociação com relação à venda de um carro que pertencia a Michel. O veículo seria vendido por R$ 73 mil.
- Depois do assassinato, o automóvel sumiu e só foi achado dois dias após o desaparecimento do assessor.
- Em 19 de novembro, Gabriel Bispo dos Santos, principal suspeito de assassinar Michel, foi preso na cidade de Pomerode (SC), onde estava escondido.
- Na casa de Gabriel, em Salvador, a polícia encontrou um sapato que estava manchado com sangue da vítima.
- Em depoimento, Gabriel confessou que participou do golpe, mas negou que tenha torturado e matado Michel. Disse que estava no local do crime, mas não revelou à polícia quem teria atirado na vítima.
- Em 21 de janeiro deste ano, O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou e pediu a prisão preventiva de Maurício Lucas Teive e Argollo e Itazil Moreira dos Santos. Eles são acusados de participarem do crime.
G1