O dólar em um nível mais elevado não irá impedir que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) dê prosseguimento ao plano de cotes de juros, a 5,5%, em setembro, avalia a MCM Consultores em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (16).
“Mesmo ao redor de R$ 4 por dólar, a taxa de câmbio estará apenas 4% acima da taxa média de câmbio nos primeiros 7 meses do ano, boa parte da desvalorização do Real está sendo compensada pelo recuo dos preços internacionais das commodities e o pass-through cambial segue sendo fortemente limitado pelo elevado nível de ociosidade na economia”, aponta a consultoria.
De acordo com o documento, os efeitos da crise da Argentina sobre o ambiente econômico no Brasil e os mercados financeiros locais continuarão a ser limitados. O risco Brasil cresceu apenas sete pontos nesta semana, enquanto o risco Argentina subiu cerca de 1.500 pontos.
“Assim, se os temores dos mercados internacionais em relação às consequências da guerra comercial entre EUA e China e ao risco de recessão global no próximo ano recuarem, o Real deverá voltar a se valorizar, mesmo que o Peso argentino permaneça sob pressão”, conclui.
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