No fechamanto da sessão, o dólar avançava 0,59%, a R$ 3,2763 na venda, depois de fechar a semana passada com alta acumulada de 4,26%. Na máxima do dia, a moeda norte-americana marcou R$ 3,3197 e, na mínima, R$ 3,2582. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,65% no final da tarde.
“O maior risco para o mercado é Temer continuar e não ter governabilidade, não conseguir aprovar as reformas”, afirmou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado. “Há ainda preocupação com eleição direta, por causa do risco de entrar algum partido que não dê prosseguimento às reformas”, acrescentou ele.
Temer é alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça, em investigação aberta com base em acordo de delação fechado por Joesley Batista, do grupo JBS. Temer teve uma conversa gravada pelo empresário.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou mais cedo que o cronograma da reforma da Previdência deverá sofrer atraso em função da crise política, mas que acredita na aprovação da proposta mesmo se Temer não seguir no comando do país.
A ideia do governo é manter o cronograma de votações importantes no Congresso para mostrar que ainda respira e tem força, disseram fontes à Reuters.
“O cenário doméstico é de completa incerteza… A volatilidade nos mercados locais deve continuar”, resumiu a Advanced Corretora em relatório.
O Banco Central deu continuidade à sua intervenção diante do nervosismo do mercado e vendeu nesta sessão todos os 40 mil novos swaps cambiais tradicionais — equivalentes à venda futura de dólares.
O BC também vendeu todos os 8.000 contratos para a rolagem dos swaps que vencem em junho, que totalizam US$ 4,435 bilhões. Faltam ainda rolar US$ 2,435 bilhões desse total.
O presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, disse que continuará monitorando o impacto das notícias da cena política nos mercados financeiros e atuando para mantê-los em plena funcionalidade.
R7