Nasser Al-Khelafi, dono do PSG e responsável por levar Neymar à França, teria negociado a compra de uma das empresas acusadas de pegar propinas para dirigentes do alto escalão do futebol. A afirmação foi feita por Santiago Peña, ex-diretor da empresa argentina Full Play, e um dos delatores do Fifagate no julgamento de José Maria Marin (ex-presidente da CBF), Juan Angel Napout (ex-presidente da Conmebol), e Manuel Burga (ex-presidente da Federação Peruana).
Em seu depoimento, Peña revelou uma negociação secreta chamada “projeto Nova York” que consistia em vender 51% do grupo Full Play, empresa que negociou direitos de transmissão de eventos esportivos, para um fundo do Qatar controlado por Al-Khelafi. O projeto tinha esse nome porque o negócio era avaliado em US$ 212 milhões – o código de área de telefone da cidade de Nova York é 212.
De acordo com o delator, as negociações entre Full Play e o Qatar Sports Investments terminaram em 27 de maio de 2015, quando ocorreram as primeiras prisões do Caso Fifa.
Qatar insistiu que “não há evidências” de que subornos foram pagos na escolha do país como sede da Copa do Mundo de 2020. A defesa partiu do comitê organizador local após o principal delator do esquema de corrupção no alto escalão do futebol, garantir que os três dirigentes réus nos Estados Unidos receberam milhões de dólares em troca de apoio da candidatura do país.
“Trata-se de uma delação sem provas”, disse o secretário-geral do comitê organizador do Mundial, Hassan al Thawadi, ao jornal The Gulf Times. “A investigação não tem nada a ver com a Copa do Mundo, não somos parte disso”.
Em depoimento prestado na semana passada, Alejandro Burzaco, ex-diretor da empresa de marketing Torneos y Competencias, acusou o ex-presidente da CBF José Maria Marin, Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol, e Manuel Burga, ex-presidente da Federação do Peru, de supostamente embolsarem US$ 1 milhão cada para votar no Qatar como sede da Copa de 2022.
R7