O jornal espanhol El País, revelou mais um capítulo dos bastidores da briga entre Neymar e Cavani. De acordo com o periódico, o presidente do Paris Saint-Germain (PSG), Nasser Al-Khelaifi, ofereceu 1 milhão de euros, R$ 3,7 milhões, ao atacante uruguaio para que abrisse mão das cobranças de pênalti. O que foi recusado pelo camisa 9.
A oferta foi feita por um intermediário de Nasser. Segundo o El País, já está previsto um bônus no valor de 1 milhão de euros, no contrato de Cavani, caso ele seja artilheiro do Campeonato Francês. A proposta do dono do PSG era que a quantia seria paga mesmo que o uruguaio não fosse o maior goleador da liga, contanto que abrisse mão de ser o batedor de pênaltis do time. Ao mesmo tempo, Al-Khelaifi tentou paparicar Neymar para que deixasse Cavani continuar batendo os pênaltis. Porém, o brasileiro se revoltou ao saber da proposta feita ao uruguaio e alegou a lesão no pé para não jogar contra o Montpellier. O PSG ficou no empate sem gols contra o rival, no último sábado (23).
O jornal ainda afirma que a contratação do brasileiro, por 222 milhões de euros, o equivalente a 825 milhões em reais, destruiu o clima do vestiário do clube francês. Devido ao fair play financeiro, a UEFA ameaça punir o PSG excluindo da Liga dos Campeões. Diante disso, o presidente ligou para os agentes dos principais jogadores do elenco colocando-os à venda o mais rápido possível. A lista incluia Di María,Pastore, Matuidi, Lucas Moura, Draxler, Ben Arfa, Aurier e até Thiago Silva.
Um dos líderes do vestiário, o francês Matuidi acabou sendo vendido barato para a Juventus, apenas 20 milhões de euros (R$ 74,3 milhões). “Sua saída semeou o desânimo. Em maior ou menor medida, todos os integrantes do plantel se sentiram tratados como mercadoria em troca de abrir espaço para Neymar. No vestiário pairava uma pergunta: ‘Quem ele acha que é? Messi?’. À frente dos indignados, estava Edinson Cavani”, afirmou o jornal.
“Thiago Silva e Thiago Motta lhe explicaram que ali havia grandes jogadores que ele não poderia ignorar. Cavani exigiu respeito com os veteranos. Neymar os ouviu com ar distraído”, diz o periódico.
O técnico da equipe, Unai Emery tentou contornar a situação e convenceu o cartola a voltar a atrás da decisão de negociar os atletas. Nasser ligou para todos dizendo que eles eram intransferíveis, mas a confusão já estava formada.
Por fim, o El País ainda revelou o fracasso na tentativa do lateral-direito Daniel Alves, que convidou todo o elenco para um jantar num dos restaurantes mais chiques do distrito XVI de Paris. “O jantar, segundo um integrante, foi tão animado quanto um velório”, escreveu o jornal.
Bahia Notícias