O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, participou neste sábado (14) da inauguração de um escritório da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Importações) em Jerusalém e reiterou a polêmica promessa do pai de mudar a embaixada do Brasil em Israel para a cidade.
“No caminho de volta para o Brasil fiz questão de parar por 10 horas em Israel para ter a honra de discursar hoje na inauguração do escritório de negócios da Apex em Jerusalém. Trata-se do primeiro passo para a transferência da embaixada”, escreveu o deputado no Twitter.
Em entrevista à Agência Efe, Eduardo não quis dar um prazo para que a mudança da embaixada ocorra, mas afirmou que o processo será finalizado antes do fim do mandato de Bolsonaro. Além disso, o deputado revelou que o governo federal planeja designar como organização terrorista o grupo xiita libanês Hezbollah.
Eduardo disse esperar que a postura do Brasil sobre a embaixada tenha um “impacto regional”, incentivando outros países da região a seguir os passos de Bolsonaro. “O que ocorre no Brasil repercute em todo o continente”, disse o filho do presidente.
Até o momento, só Estados Unidos e Guatemala levaram suas embaixadas em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, rompendo décadas de consenso internacional sobre o status da cidade. O Paraguai também chegou a seguir os passos de Donald Trump no fim do mandato de Horacio Cartes, mas Mario Abdo Benítez reverteu a medida assim que tomou posse.
O primeiro-ministro interino de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou o anúncio de Eduardo como “promissor” e destacou que a inauguração do escritório da Apex faz parte do compromisso assumido por Bolsonaro de fortalecer as relações do Brasil com o país.
“A abertura do escritório da Apex em Jerusalém é parte do acordado neste fortalecimento das relações entre Israel e Brasil e do compromisso do presidente Bolsonaro de abrir uma embaixada em Jerusalém no próximo ano”, disse Netanyahu.
O presidente da Apex, Sergio Segovia, disse que não há planos para que o escritório tenha status diplomático. Segundo ele, a unidade foi aberta porque estudos técnicos indicaram que a medida seria boa para a entrada do Brasil no ecossistema de inovação.
“Por sorte isso coincidiu com o desejo político do governo brasileiro”, disse Segovia. EFE
R7