Com a ascensão no mercado de trabalho e o crescimento de famílias chefiadas por mulheres, cuidar das finanças se tornou uma necessidade essencial no universo feminino, tarefa que por muito tempo foi de responsabilidade do homem. Para a economista e consultora em planejamentos e finanças do Sebrae de Salvador, Adriana Pereira, apesar da educação financeira não ser algo tão discutido entre as mulheres na infância, a mulher busca aproveitar os recursos da melhor maneira possível. Não é à toa que elas apresentam uma renda significativa dentro da economia atual e, além disso, têm comandado as finanças em cerca de 28,9 milhões dos lares brasileiros, segundo dados do IBGE de 2015. “A mulher sempre pensa na melhor forma de atender as necessidades da família. Ela sempre praticou a educação financeira, embora não tivesse consciência disso”, afirma.
No entanto, a especialista adverte que este planejamento deve ser uma tarefa compartilhada em família. “A mulher tem que saber gerenciar o dinheiro, mas se o restante da família não tiver controle, ela vai acabar sobrecarregada”, alerta. Para evitar possíveis dores de cabeça quando o assunto é finanças, confira as dicas dadas pela consultora ao BN Mulher!
Se organize
A consultora de finanças do Sebrae Adriana sugere que é essencial estabelecer um controle dos gastos e manter a organização é a chave para o sucesso. Para ela, é necessário contabilizar os gastos através de ferramentas como planilhas, anotações e até aplicativos. “É importante ter um orçamento pessoal baseado na renda, saber o que se pode investir e poupar e eleger as prioridades”, reitera.
Tenha disciplina
Segundo a consultora, o mais difícil é manter o comprometimento. Por isso, não deixe de registrar tudo que for importante, desde os pequenos gastos até os desejos futuros.
Inclua a família
Além da disciplina, um dos maiores desafios é incluir toda a família no orçamento e transmitir os fundamentos da educação financeira. “É importante trabalhar a educação financeiro com toda a família, principalmente com as crianças para que elas saibam o valor do dinheiro. Assim eles já vão entendendo que esse ponto deve ser abordado dentro de casa”, explica.
Orçamento compartilhado
Para Adriana, é indispensável criar um orçamento familiar compartilhado entre todos que tenham alguma renda.
De olho no consumo
As mulheres são as que mais sofrem com o apelo publicitário, além de fazer parte da taxa de maior público consumidor. Por isso, a consultora aconselha que as mulheres precisam reavaliar sempre o nível de consumo. Ou seja, é importante perceber se aquilo que você está prestes a comprar é algo de extrema necessidade ou um consumo supérfluo. De acordo com ela, o consumo imediato pode estar comprometendo a realização de um sonho futuro como uma viagem em família, por exemplo.
Saia sem cartão
O cartão de crédito quando extrapola pode acabar comprometendo e prejudicando as finanças. Diante disso, Adriana recomenda deixar o cartão em casa em determinados momentos do mês para evitar atitudes impulsivas. “É importante sempre quando for fazer alguma compra se perguntar se aquilo não poderia ser poupado”, questiona.
Metas
Por fim, faz parte da educação financeira estabelecer metas. Portanto, observe e faça escolhas: estabeleça o que é desejo, sonho, prioridade e faça uma conciliação familiar. A especialista sugere que a discussão ocorra de forma que todos os interessados possam opinar.
Bahia Notícias