Muitos especialistas apontam que, tal como ocorreu com os planos de saúde, cuja adesão cresceu no país graças às empresas, o aumento no número de participantes nos planos de previdência se dará de forma mais ampla na medida em que empresas oferecerem esse tipo de poupança para uso no longo prazo como benefício aos seus funcionários
A discussão sobre as diferenças de hábitos intergeracionais está sempre presente nas rodas de conversas, algo que volta à tona toda vez que uma nova geração é batizada com uma letra do alfabeto e, tempos depois, percebem-se suas características específicas. Foi assim quando os Baby Boomers se depararam com a geração X, depois com a Y (também conhecidos como millenials); agora, com a Z e, em breve, com a Alpha, que hoje é formada por pré-adolescentes com no máximo 11 anos de idade. E o debate sobre a forma como todas elas lidam com o dinheiro, embora também não seja novo, mantém-se cada vez mais necessário.
Diversas pesquisas apontam para o fato de que os millenials, que estão na faixa etária entre 26 e 41 anos, chegaram à maturidade, porém, sem recursos financeiros para urgências, razão pela qual muitos se veem endividados (ou sem renda, devido à crise sanitária que acabou por afetar a economia e, por consequência, o mercado de trabalho) e muito menos com dinheiro para o período pós-laboral.
Aposentadoria não está no radar dessa geração. Mas deveria estar, como alerta o Diretor Executivo de Investimentos da Zurich no Brasil, John Liu. Ele sustenta que é preciso discutir o assunto com pessoas de todas as faixas etárias, mas em especial com os mais jovens, pois embora nunca seja tarde para mudarmos a forma como lidamos com o dinheiro, a juventude tem o tempo a seu favor. Nesse cenário, evidencia-se a poupança no longo prazo, cuja melhor opção, devido aos inúmeros benefícios que proporciona, é a previdência privada.
“Os millenials e integrantes da Geração Z apresentam suas preferências de consumo e comportamento. Muito se discute sobre costumes de alimentação, vestuário e linguagem, mas não identificamos uma abordagem sobre costumes financeiros e a importância de se iniciar o quanto antes os planos de previdência”, observa John.
De acordo com ele, com os primeiros millenials completando 40 anos e os jovens da geração Z iniciando no mercado de trabalho, o tema de poupar para a aposentadoria necessita entrar na pauta do dia para essas camadas da população. O executivo diz que, mesmo mantendo seus hábitos de preferência por experiências e consumo ao invés de posses, é possível incentivar a poupança para o futuro por meio da aplicação de técnicas de economia comportamental.
Um dos exemplos comumente mencionados de Richard Thaler, ganhador do prêmio Nobel em 2017 por sua obra em economia comportamental, é o programa “Poupe Mais Amanhã”. John conta que a proposta de Thaler envolve aumentar a taxa de poupança em planos de previdência corporativos, nos quais o empregador oferece o instrumento de aposentadoria para seus funcionários. A adesão ao programa levava a aumentos progressivos e automáticos nos valores destinados aos planos de previdência. Mas o principal conceito foi associar os aumentos de contribuição à medida que o funcionário recebe reajustes salariais, de forma que os participantes pudessem sentir menos os impactos da maior poupança. “Ao receber um aumento de salário, parte ou a totalidade deste incremento de renda seria destinada ao plano de previdência, gerando maiores poupanças sem comprometer o consumo presente”, adverte.
Estratégias como esta, estudadas em ciências comportamentais, se aplicam a pessoas de qualquer geração, levando a uma menor percepção de perda e permitindo economizarem mais. Aparentemente, estas estratégias podem fazer sentido para indivíduos que gostariam de manter seus gastos em lazer, viagens e experiências gastronômicas e, ao mesmo tempo, aumentariam os aportes em planos de previdência. Para John Liu, é importante nos aprofundarmos nos conceitos de finanças comportamentais e buscar soluções para o aumento de poupança em previdência privada.
Previdência ofertada pelas empresas pode contribuir para o futuro das novas gerações
Em maio deste ano, o mercado brasileiro de previdência privada aberta bateu a marca histórica de R$ 1 trilhão de ativos sob gestão, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Deste total, 10,9% são de planos coletivos; a maior parte ainda vem dos planos individuais, que respondem por 87,7% daquele total; o restante, 1,4%, vem dos planos do segmento menor.
Embora os números impressionem, a penetração da previdência privada é considerada pequena pelos especialistas: cerca de 25% do PIB, conforme dados de 2020 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em países desenvolvidos, nos quais a cultura da poupança é mais arraigada, passa de 100%. É o caso de Austrália (140%), Dinamarca (198), Holanda (173%) e Estados Unidos (134%), por exemplo.
Nesse cenário, a diferença entre a realidade brasileira e a de nações desenvolvidas pode ser minimizada pela adesão das empresas à previdência privada, ao oferecer planos para seus funcionários – resultando num fenômeno semelhante ao que aconteceu com o seguro saúde há alguns anos. Atualmente, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, dos 48,1 milhões de usuários de planos de saúde, 82% são planos coletivos (empresariais e por adesão).
No Brasil, embora 60% das empresas, a maioria de grande porte, ofereçam planos de previdência aos seus funcionários, no total estes representam apenas 8% dos trabalhadores formais. A título de comparação, nos EUA, a proporção é de 52%.
Há dois tipos de planos que as companhias brasileiras podem oferecer aos seus funcionários: instituído e averbado. No primeiro, a cada R$ 1 que eles investem, a empresa aporta o mesmo valor. Já o segundo, apenas o funcionário faz a contribuição, mas ainda assim tem o benefício de acessar planos com condições diferenciadas para a empresa.
“Independentemente do modelo que a empresa adotar, entre tantos benefícios, há um que é importante no país: ajuda a incutir no funcionário e, indiretamente, em seus dependentes, a cultura da poupança no longo prazo”, destaca o Diretor Executivo de Investimentos da Zurich no Brasil, John Liu.
Com a reforma da Previdência Social, que tornou a possibilidade de se aposentar pelo teto (R$ 6,5 mil) cada vez mais distante, a previdência complementar é, como diz o nome, o melhor meio de as pessoas manterem a renda que tinham na ativa após o período laboral.
“De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média da população ativa é de R$ 2.507,00, ao passo que o valor médio da aposentadoria é de R$ 1.450,00. Se as gerações Y, Z e até Alpha não tiverem consciência de que é preciso pensar agora no futuro, a situação financeira deles na maturidade poderá ser bem complicada. Os planos de previdência empresariais podem ajudar a mudar esse cenário”, finaliza John Liu.
Sobre a Zurich no Brasil
A seguradora Zurich soma o conhecimento do mercado brasileiro, no qual tem mais de 80 anos de experiência, à expertise internacional em soluções de seguros multicanal. A Zurich atesta solidez financeira e segue rígido padrão global de conduta, praticado em todas as suas operações. Dedica-se a compreender as necessidades dos clientes e oferece soluções para pessoas físicas e jurídicas, de pequenas empresas a multinacionais. Tendo o Brasil na sua estratégia de crescimento, e decidida a contribuir com o desenvolvimento social e econômico do país, visando o médio e longo prazo, a companhia dispõe de produtos e serviços sob medida para este mercado. Saiba mais em www.zurich.com.br.
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