As mudanças já começaram e, para esta segunda-feira (2), já está marcada a cerimônia de posse do novo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e do novo chefe dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira.
O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza, também será empossado pelo presidente Michel Temer nesta segunda. A cerimônia está marcada para 10h30.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR) afirma que, pelas contas do governo, o presidente Michel Temer ainda precisa escolher 11 nomes para compor o comando dos ministérios.
Até agora, além de Saúde e Transportes, também está definido o novo ministro do Planejamento — este último foi oficializado após a reunião deste domingo (1º) com a escolha de Esteves Colnago, secretário-executivo da pasta, para o lugar de Dyogo Oliveira, que vai para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Ministérios sem ministro
As pastas que ainda precisam de um novo ministro são: Ministério do Trabalho e Previdência Social e Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que estão com cargos de interinos, Esportes, Turismo, Integração, Desenvolvimento Social, Educação, Ciência e Tecnologia, Minas e Energia, Fazenda e Meio Ambiente.
Jucá diz que o presidente Michel Temer ainda está analisando quais nomes vão compor a nova fase de governo e que está “trabalhando com afinco” para acelerar as mudanças.
— Outras mudanças o presidente está analisando, discutindo, conversando com os ministros que sairão e, portanto, vai ter a condição de formar ainda essa semana todo o gabinete ministerial.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), negou neste domingo que a indicação de Esteves tenha sido um “nome do Jucá” e afirmou que a escolha “garante continuidade nos trabalhos do Planejamento”.
— A pessoa que foi ouvida de forma mais decisiva sobre nome do Planejamento foi o Dyogo.
A escolha de Colnago para o Planejamento representa uma vitória do grupo de Dyogo e Jucá em relação a Meirelles, que tentava emplacar o secretário de Acompanhamento Fiscal da Fazenda, Mansueto Almeida, para o cargo.
Segundo apurou Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, Oliveira defendeu a permanência de seu secretário-executivo sob o argumento de que a escolha dele dará sentido de continuidade aos trabalhos, já que Conalgo conhece bem o funcionamento da pasta e é funcionário público há mais de 20 anos. Havia a previsão de que Meirelles participasse da reunião deste domingo, mas ele não compareceu.
Ministério da Fazenda
Segundo Marun e Jucá, o nome do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, para assumir a pasta ainda não foi definido, pois o ministro Henrique Meirelles “ainda está no cargo”. Meirelles não estava na reunião deste domingo (1).
— A conversa com o presidente Temer e o ministro Meirelles continua, mas não está ainda no nível de confirmação.
O senador, que é presidente do MDB, reiterou que nesta terça-feira (3) Meirelles vai se filiar ao partido e “posteriormente deverá combinar com o presidente a saída do cargo de ministro e a substituição”, completou.
Jucá negou que haja impasse em relação à substituição de Meirelles.
— Não há impasse. O que há são tratativas. Como o ministro Meirelles não saiu ainda, em tese, ele está conversando e esgotando dentro da equipe os caminhos que ele pode propor e o presidente vai ouvir com muita atenção.
Marun foi na mesma linha e disse que “Guardia tem grandes chances de vir a ser ministro da Fazenda, mas o presidente ainda não decidiu”. Ele destacou que o secretário-executivo “preenche os requisitos para ocupar essa função”, mas que ainda não será anunciado antes de Meirelles oficializar sua saída.
— Não vamos nomear outro ministro enquanto Meirelles estiver no ministério.
De acordo com Marun, a ideia é que a posse da equipe econômica aconteça na quinta ou sexta-feira desta semana. Ele afirmou que “ministro tem que ter trânsito político, mas isso não quer dizer que temos necessidade de colocar políticos à frente de ministérios”. Jucá também reforçou o discurso ao dizer que “cargo de ministro é político”.
O deputado Darcisio Perondi (MDB-RS), que também estava na reunião, afirmou que Temer e Meirelles ainda estão definindo “no extraordinário quadro” da Fazenda entre até três nomes possíveis para uma substituição de Meirelles.
R7