** Em relação a 2020, expectativa de vida ao nascer, no estado, aumentou em cerca de 2 meses, mas é a 9ª mais baixa do país e pouco mais de 2 anos menor que o indicador nacional (77,0 anos);
** Em 2021, os homens nascidos na Bahia tinham expectativa de viver 70,1 anos, enquanto as mulheres tinham expectativa de vida de quase 80 anos (79,3 anos);
** O estado manteve a segunda maior diferença de expectativas de vida entre mulheres e homens no país, com 9,3 anos de vantagem para elas, abaixo apenas de Alagoas, onde as mulheres tinham expectativa de viver, em média, 9,5 anos a mais que os homens;
** As informações são das Tábuas Completas de Mortalidade de 2021, que apresentam, para o Brasil, as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos e são usadas como um dos parâmetros do fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.
As Tábuas de Mortalidade são um cálculo resultado de uma projeção da mortalidade que tem como pontos de partida dados do Censo Demográfico 2010, informações sobre os registros de óbitos e o conhecimento acerca da transição demográfica e epidemiológica da população brasileira. Elas não incorporam os efeitos da pandemia de COVID-19, iniciada em 2020 e ainda em curso, mesmo que com menor efeito no número de mortes em 2022, quando comparado com os dois anos anteriores. Um novo conjunto de Tábuas de Mortalidade será elaborado após a publicação dos resultados do Censo Demográfico 2022.
Uma pessoa nascida na Bahia em 2021 tinha a expectativa de viver, em média, até os 74,6 anos de idade, ou, mais precisamente, 74 anos, 7 meses e 6 dias.
Isso significava 2 meses e meio (15 dias) a mais do que aquelas nascidas em 2020, quando a esperança de vida ao nascer, no estado, era de 74,4 anos (74 anos, 4 meses e 24 dias). O aumento na expectativa de vida das pessoas nascidas na Bahia entre 2020 e 2021 foi igual o estimado na passagem de 2019 para 2020 (2,5 meses).
Para os homens baianos, a expectativa de vida ao nascer passou de 69,9 anos em 2020 (69 anos, 10 meses e 24 dias) para 70,1 anos em 2021 (70 anos, 1 mês e 6 dias), com um ganho de cera de 2 meses nesse período (2 meses e 9 dias).
Já as mulheres baianas nascidas em 2021 tinham a expectativa de viver quase 80 anos: 79,3 anos (79 anos, 3 meses e 18 dias), 2 meses e meio (15 dias) a mais do que as nascidas em 2020, quando a expectativa de vida feminina era de 79,1 anos.
Assim, uma menina nascida em 2021 na Bahia tinha a expectativa de viver pouco mais de nove anos a mais que um menino nascido no mesmo ano: mais 9 anos, 3 meses e 18 dias.
Apesar dos avanços, a esperança de vida ao nascer na Bahia em 2021 (74,6 anos) continuava menor que a do Brasil como um todo (77,0 anos) e caiu no ranking nacional pelo segundo ano consecutivo, sendo a 9ª mais baixa entre as Unidades da Federação.
Entre 2014 e 2019, a Bahia havia sustentado a 11ª menor esperança de vida ao nascer entre os 27 estados, mas foi ultrapassada em 2020 pelo Tocantins, ficando com a 10ª menor, e, em 2021, pela Paraíba – ainda que, no arredondamento, os três estados apresentem o mesmo valor para o indicador (74,6 anos).
Em 2021, a maior esperança de vida ao nascer do país continuava a ser a de Santa Catarina (80,5 anos). O Espírito Santo vinha em segundo lugar (79,6 anos) e São Paulo tinha a terceira maior (79,3 anos), empatado, no arredondamento, com o Distrito Federal.
No outro extremo, Piauí e Maranhão apresentavam, respectivamente, as menores esperanças de vida ao nascer do país: 71,9 anos, empatados no arrendodamento. Rondônia continuava com o terceiro pior indicador (72,3 anos).
Bahia mantém a segunda maior diferença na esperança de vida entre mulheres e homens: mais 9,3 anos para elas
No país como um todo e em todos os estados, as mulheres têm uma esperança de vida ao nascer maior que a dos homens. Isso é reflexo, em grande parte, da maior mortalidade de homens jovens, principalmente por causas não naturais. E há desigualdades regionais marcantes.
A Bahia se manteve, em 2021, como o segundo estado com a maior diferença na esperança de vida ao nascer entre mulheres e homens (9,3 anos a mais para elas), menor apenas do que a verificada em Alagoas (9,5 anos a mais para as mulheres) e maior que a média nacional (7,0 anos a mais para as mulheres).
Todos os estados do Nordeste têm diferenças entre as esperanças de vida ao nascer de mulheres e homens maiores que a do Brasil. Roraima (com uma vantagem de 4,9 anos a mais para as mulheres), Amapá (5,1 anos) e Minas Gerais (5,6 anos) tinham as menores diferenças por sexo na esperança de vida ao nascer, em 2021.