** Um total de 704.907 pessoas eram Microempreendedores Individuais (MEI) na Bahia, 5o maior contingente do país, equivalente a 5,3% dos MEIs do Brasil;
** No estado, as mulheres eram mais representativas entre os MEIs (46,0% deles ou 324.221) do que no total de trabalhadores em empresas formalizadas (39,1%);
** Os MEIs baianos, em 2021, eram majoritariamente pessoas pardas; com pelo menos o Ensino Médio completo; tinham, em média, 40 anos de idade e aderiram ao sistema havia no máximo 3 anos;
** Na Bahia, 1 em cada 5 pessoas que se tornaram MEIs em 2021 (22,6%) tinha sido desligada de um trabalho formal em 2020;
** Em 2021, 4 em cada 10 MEIs na Bahia atuavam no grande setor de serviços (45,4%), e 1 em cada 10 estava no segmento de alojamento e alimentação. Somando-se serviços e comércio, chegava-se a 8 em cada 10 MEIs (83,0%);
** Essas e outras informações integram as Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais (MEIs) 2021, estudo inédito do IBGE.
As fontes dos dados são os registros administrativos do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), ambos da Secretaria Especial da Receita Federal; do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), do IBGE; e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS Empregado), do então Ministério do Trabalho e Previdência;
** O estudo se enquadra como uma investigação experimental, pois trata de estatísticas novas, que ainda estão em fase de teste e sob avaliação.
Em 2021, 704.907 pessoas atuavam como Microempreendedores Individuais (MEI) na Bahia. Era o 5o maior contingente entre os estados, equivalente a 5,3% de todos os MEIs do Brasil. Os profissionais enquadrados como MEIs na Bahia equivaliam a 1 em cada 5 trabalhadores de empresas formais no estado, já incluindo os próprios MEIs (22,7%). Essa proporção estava acima da registrada nacionalmente, era a 3a maior entre as unidades da Federação e a mais expressiva do Norte-Nordeste.
No Brasil como um todo, em 2021, foram identificados 13.194.470 MEIs, que representavam 19,2% das pessoas ocupadas em empresas formais no país, incluindo os MEIs. Em números absolutos, o estado de São Paulo liderava no total de MEIs (3.586.574), seguido pelo Rio de Janeiro (1.521.315) e Minas Gerais (1.461.986).
Já na proporção de MEIs entre as pessoas ocupadas nas empresas formais, acima da Bahia (22,7%) ficavam apenas Rio de Janeiro (26,0%) e Espírito Santo (24,8%). No outro extremo, estavam Distrito Federal (10,9%), Acre (14,3%) e Maranhão (15,8%).
Na Bahia, mulheres são mais representativas entre MEIs (46,0%) do que entre trabalhadores de empresas formais (39,1%)
Na Bahia, as mulheres eram mais representativas entre os MEIs do que no total de pessoas que trabalhavam em empresas formais (sem levar em conta os MEIs).
Dos 704.907 MEIs baianos, em 2021, 46,0% (324.221) eram mulheres. Considerando as pessoas ocupadas em empresas formais no estado naquele ano, exclusive os MEIs, as mulheres eram 39,1%.
A proporção de MEIs mulheres na Bahia (46,0%) estava próxima da registrada nacionalmente: no Brasil como um todo, 46,7% dos MEIs eram mulheres. Dentre os estados, as maiores proporções de microempreendedoras individuais estavam no Rio de Janeiro (49,6%), Espírito Santo (48,9%) e Alagoas (47,5%), empatado, no arredondamento, com o Distrito Federal (47,5%). A Bahia ficava apenas em 16º lugar, enquanto os menores percentuais estavam em Tocantins (41,9%), Amazonas (43,7%) e Pernambuco (44,1%).
MEIs baianos são majoritariamente pardos, com ao menos o Ensino Médio completo, têm em média 40 anos e aderiram ao sistema há no máximo 3 anos
Além de serem majoritariamente homens (54,0%), em 2021, na Bahia, as pessoas que se enquadravam como MEIs também eram, em sua maioria, pardas (54,2% das 444.182 para as quais foi possível ter a informação por cor ou raça); com ao menos o Ensino Médio completo ou Superior incompleto (69,0% dos 444.182 para os quais foi possível ter a informação do nível de instrução); tinham, em média, 40 anos de idade (40,8 anos para homens e 40,9 anos para as mulheres); e se tornaram microempreendedores individuais havia no máximo três anos (49,6%).
Quase a totalidade de MEIs no estado eram brasileiros natos (99,8% ou 703.357). Dentre os 0,2% de estrangeiros (1.550 em números absolutos), predominavam os argentinos (339 ou 0,05% do total), seguidos pelos italianos (177 ou 0,03%) e os colombianos (125 ou 0,02%).
Na Bahia 1 em cada 5 MEIs que se filiaram em 2021 (22,6%) tinha sido desligado/a de um trabalho formal em 2020
Dos 704.907 MEIs atuantes na Bahia, em 2021, 150.044 haviam se filiado naquele mesmo ano (21,3% ou 2 em cada 10). Desses, 47.315 estavam empregados no mercado formal em 2020 (31,5% ou 3 em cada 10 dos que se filiaram em 2021), 33.855 dos quais foram desligados desse emprego, ao longo do ano.
Isto é, na Bahia, 1 em cada 5 pessoas que se tornaram MEIs em 2021 perdeu um emprego formal em 2020 (22,6% ou 33.855 de 150.044).
4 em cada 10 MEIs na BA atuam nos serviços (45,4%); 1 em cada 10, em alojamento/alimentação; somando comércio, chega-se a 8 em cada 10 MEIs
Os setores de serviços e comércio dominavam na distribuição dos MEIs baianos por grandes grupamentos de atividades econômica, concentrando, juntos, 8 em cada 10 microempreendedores individuais do estado, em 2021.
A maior parte dos MEIs (45,4% ou 320.329 em números absolutos) atuava em algum serviço, com destaque para o segmento de alojamento e alimentação, onde estava 1 em cada 10 MEIs da Bahia (88.303, que equivaliam a 12,5% do total).
Já o grupamento de comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas reunia 37,6% dos MEIs no estado (265.000 em números absolutos). Somando-se os dois grandes grupamentos, chegava-se a 83,0% do MEIs baianos.
No outro extremo, o grande grupamento de atividade da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura tinha o menor número de MEIs (2.078, 0,3% do total na Bahia), seguido pela construção (49.019 MEIs, ou 7,0% do total).
De cada 10 MEIs baianos, 7 atuavam profissionalmente fora do domicílio onde residiam (67,2% ou 474.049 em números absolutos).
Na tabela a seguir, está a distribuição dos MEIs, na Bahia, em 2021, segundo as seções da Classificação Nacional de Atividades Econômicas. As linhas pintadas de azul formam o setor de serviços, e as pintadas de laranja integram o setor da indústria.
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