* O IPCA da RM Salvador teve importante desaceleração em relação a março (aumentou menos), ficou abaixo do índice nacional (0,31%) e só foi maior que o de Brasília (0,05%);
** Em abril, 5 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o índice de inflação aumentaram na RMS, puxados por habitação (1,10%), saúde e cuidados pessoais (0,87%) e alimentação (0,53%);
** Dentre os custos de moradia, a energia elétrica (1,96%) foi o que, individualmente, mais contribuiu para a alta da inflação em abril, na RMS;
** Por outro lado, dentre os quatro grupos com deflação, o destaque ficou com os transportes (-1,76%), que mostraram uma queda importante depois de seis meses em alta e de ter exercido a principal pressão inflacionária na RMS em fevereiro e março;
** Os combustíveis (-6,39%) tiveram a maior influência nesse sentido, com quedas importantes na gasolina (-6,06%, a que mais contribuiu para segurar a inflação da RM Salvador em abril) e no etanol (-12,25%);
** Nos quatro primeiros meses de 2021, o IPCA acumula alta de 2,10% na RM Salvador, abaixo do índice nacional (2,37%). Já nos 12 meses encerrados em abril, a inflação acumulada na RMS está em 5,96%, também se mantendo menor que a verificada no país como um todo (6,76%).
Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,09% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), tendo uma forte desaceleração em relação à taxa de março (0,81%). Ainda ficou, porém, acima do índice de abril do ano passado, quando houve deflação (-0,16%).
O índice da RM Salvador ficou bem menor que o nacional (0,31%) e foi o 2o mais baixo entre as 16 áreas investigadas separadamente pelo IBGE, acima apenas do IPCA de Brasília (0,05%).
Em abril, a inflação foi mais elevada em Rio Branco/AC (0,96%), na Região Metropolitana de Fortaleza/CE (0,75%) e em Aracaju/SE (0,75%).
Com o resultado do mês, o IPCA na RM Salvador tem alta de 2,10% no acumulado de janeiro a abril de 2021. Está abaixo do índice nacional (2,37%), sendo o 3o menor acumulado entre os 16 locais investigados.
Nos 12 meses encerrados em abril, a inflação na RM Salvador acumula alta de 5,96%. Seguiu acelerando em relação aos 5,70% registrados nos 12 meses encerrados em março, mas também se mantém abaixo do acumulado no país como um todo (6,76%).
A tabela a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês, acumulados no ano e nos 12 meses encerrados em abril de 2021.
Energia elétrica em alta (1,96%) puxa inflação para cima, e gasolina em queda (-6,06%) ajuda a conter IPCA de abril na RM Salvador
Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, cinco apresentaram altas em abril, na Região Metropolitana de Salvador.
Os três grupos que mais aumentaram também exerceram as três principais pressões de alta na inflação de abril, na RMS: habitação (1,10%), saúde e cuidados pessoais (0,87%) e alimentação (0,53%).
Dentre os aumentos nos custos de moradia, a energia elétrica (1,96%) foi o mais importante e que, individualmente, mais puxou o IPCA de abril para cima na RM Salvador. O aumento teve influência da manutenção, no mês, da bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,343 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Também houve altas significativas nos aluguéis (1,32%) e nos condomínios (1,25%), ao passo que o preço médio do gás de botijão teve uma discreta deflação (-0,04%).
Dentre ao aumentos no grupo saúde e cuidados pessoais, o que mais puxou a inflação da RMS para cima em abril foi o dos medicamentos em geral (produtos farmacêuticos, com 3,12%). No dia 1º de abril, foi concedido o reajuste de até 10,08% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica. Trata-se de um aumento anual que costuma ocorrer nesse mês.
Além dele, itens individuais como perfume (3,39%) e os planos de saúde (0,66%) também pressionaram o custo de vida para cima, na RM Salvador, em abril.
Já os alimentos seguiram em alta, porém mantendo ritmo de desaceleração verificado desde fevereiro, ou seja, aumentando menos do que no mês anterior. Foram puxados pelos produtos consumidos em casa (0,56%), como leites e derivados (1,24%) e bebidas e infusões (2,09%).
Foi, porém, a refeição fora de casa (almoço ou jantar) o item que individualmente mais impactou na alta do grupo, com um aumento de 1,50%.
Dentre os quatro grupos com deflação em abril, o destaque ficou com os transportes (-1,76%), que mostraram uma queda importante depois de seis meses em alta e de ter exercido a principal pressão inflacionária na RMS, em fevereiro e março.
Os combustíveis (-6,39%) tiveram a maior influência nesse sentido. A queda média no preço da gasolina (-6,06%), depois de cinco meses de aumentos significativos, foi, individualmente, o que mais contribuiu para segurar a inflação da RM Salvador em abril. Em seguida, ficou a deflação do etanol (-12,25%).
Os preços dos itens de vestuário (-0,41%) também voltaram a cair em abril, após um aumento em março (de 0,25%), puxados pelas roupas em geral (-0,75%), e foram importantes para segurar o IPCA do mês, na Região Metropolitana de Salvador.
Na RM Salvador, INPC foi de 0,19% em abril
Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos (até 5 salários mínimos), ficou em 0,19% em abril, acima, portanto, do IPCA (0,09%).
Houve desaceleração em relação a março, quando o INPC havia sido de 0,71% na RMS, mas o índice ficou acima do verificado em abril de 2020 (-0,12%).
O INPC de abril na RM Salvador (0,19%) foi menor que o índice nacional (0,38%) e o 3º mais baixo entre as 16 áreas pesquisadas.
Nos quatro primeiros meses de 2021, o índice acumula alta de 2,11% na RMS e, nos 12 meses encerrados em abril, fica em 6,51%. No Brasil como um todo, os acumulados são, respectivamente, 2,35% e 7,59%.