O Barcelona precisa marcar, mas passa dificuldades para ir às redes. Lionel Messi tira um lance da cartola e decide o jogo. A cena tem se repetido tanto nesta temporada, como no domingo (20), diante do Leganés, que parece até replay. O fato é que, com tantos gols e assistências, o craque argentino vive o melhor momento individual nos últimos sete anos.
Quando poderia se esperar uma queda de rendimento do experiente atleta, que em 2017-18 viveu uma temporada sem grande protagonismo e completará 32 anos em junho, o argentino se reinventou: é o jogador mais efetivo da Europa e tem sua melhor média como goleador e assistente desde 2012.
Letal, Messi marcou 25 gols e de 13 assistências em 24 jogos — participa diretamente (marcando ou assistindo) de 1,58 gol/jogo.
Nos 14 anos de carreira, ele teve uma média de participação direta em gols maior que a atual em apenas uma temporada. Foi em 2011-12, com 73 gols e 29 assistências em 60 jogos, resultando em média de 1,7 gol/jogo.
Outras temporadas de destaque individual do camisa 10 foram 2012-13 (1,5 gol/jogo; 60 gols e 15 assistências em 50 jogos) e 2014-15 (1,49 gol/jogo; 58 gols e 27 assistências em 57 jogos).
Messi não supera apenas suas próprias marcas. Na atual temporada, considerando atletas das cinco principais ligas da Europa, o argentino domina as duas estatísticas: é o jogador que fez mais gols e deu mais assistências, contabilizando apenas as estatísticas dos jogadores por seus clubes, sem contar os jogos por seleções.
Grande rival de Messi, Cristiano Ronaldo, faz ótima temporada pela Juventus. Mesmo assim, o craque tem números inferiores aos do argentino: são 16 gols e 7 assistências em 26 jogos, com uma média de participação direta de 0,88 gol/jogo.
Quem mais se aproxima do argentino é o francês Kylian Mbappé. No Campeonato Francês, Liga dos Campeões, Copa da França e Copa da Liga Inglesa, ele fez 24 gols e 9 assistências em 23 partidas, chegando à média de participação de 1,43 gol/jogo.
Título europeu seria determinante para consagração
Um dos maiores jogadores de sua época, junto de Messi, Cristiano Ronaldo tem como o argentino cinco prêmios de melhor jogador do mundo. Em grande momento no Barcelona, o argentino é um dos favoritos a faturar a premiação nesta temporada.
Desde 2015 sem títulos de relevância internacional, sejam pela seleção argentina ou em qualquer edição da Champions pelo Barça, o camisa 10 viu, nos últimos três anos, o atacante português ser eleito o melhor do planeta duas vezes seguidas. Em 2018, o croata Luka Modric, do Real Madrid, ficou com o prêmio.
Neste período (2016 a 2018), Ronaldo e Modric conquistaram, juntos, três Ligas dos Campeões seguidas. Enquanto isso, os ótimos números individuais e os títulos domésticos não foram suficientes ao ídolo barcelonista.
Nesta temporada, outra vez, Messi vive mais uma das grandes fases da carreira. As ótimas atuações do craque alçaram o Barcelona à liderança isolada do Campeonato Espanhol, às quartas de final da Copa do Rei e às oitavas da Liga dos Campeões. É nesta última que, se quiser se isolar no duelo individual com CR7, ele deve dedicar seus esforços para ser campeão.
R7