O primeiro passo da seleção brasileira feminina de vôlei na caminhada destes Jogos Olímpicos Paris 2024 foi dado nesta segunda-feira (29). Na Arena Paris Sul, o Brasil estreou com vitória tranquila sobre o Quênia por 3 sets a 0 (parciais de 25/14, 25/13 e 25/12), em partida válida pelo grupo B. Carol e Rosamaria foram as maiores pontuadoras, com 13 pontos cada.
“É uma estreia importante principalmente para tirar essa tensão dos Jogos Olímpicos. Quem ainda não havia jogado a competição, teve a oportunidade de estrear. Hoje o time inteiro rodou. As mais novas já puderam fazer os primeiros pontos e tirar o nervosismo de estreia. Apesar de ter sido um 3 a 0, a gente estava com uma preocupação muito grande. O time sacou muito bem, o que facilitou nosso bloqueio e defesa. É pensar no crescimento que precisamos na fase de grupos”, avaliou Gabi.
O Brasil não enfrentou dificuldades diante da seleção queniana. Apesar do nervosismo no início do jogo, por ser estreia olímpica, as brasileiras entraram bastante focadas e apresentaram um voleibol consistente e equilibrado em todos os fundamentos. A seleção agora vai se preparar para a segunda rodada diante do Japão, quinta-feira (1º de agosto), às 8h (horário de Brasília). Para esse confronto, inclusive, o técnico José Roberto Guimarães espera enfrentar bastante dificuldade, uma vez que os últimos encontros com as japonesas foram decididos no tie-break.
“Eu fiquei satisfeito por causa da maneira como o time se comportou. Não deu chance. Jogou sério o tempo inteiro. Apesar do Quênia ser o time menos forte do grupo, era importante vencer por 3 a 0 e com uma pontuação sofrida menor possível. Não é admissível jogar de qualquer maneira e deixar as coisas acontecerem”, disse Zé Roberto.
“Nossa próxima partida é com o Japão. Temos batido nessa tecla. Estamos muito engasgadas com elas pela semifinal que a gente perdeu na Liga das Nações. E é uma equipe que a gente vem estudando nesses dois meses. A gente tem dois dias para se preparar da melhor maneira e queremos muito buscar essa vitória. Viemos buscar o ouro e sabemos da importância de viver o processo”, comentou Gabi.
Na partida desta segunda, as brasileiras se impuseram desde o começo. Embora tenha apresentado certo nervosismo de estreia nas primeiras bolas, o time titular com Macris, Rosamaria, Thaisa, Carol, Gabi, Ana Cristina e Nyeme (líbero) pouco a pouco colocou em ação a superioridade técnica diante das quenianas. Com ótimo volume de jogo e boa distribuição da levantadora Macris nas jogadas, as brasileiras venceram a primeira parcial em 25 a 14.
O segundo set começou com mais troca de pontos entre as equipes. Mas logo o Brasil emplacou uma sequência de três bloqueios de Carol para abrir vantagem (9 a 6). A partir daí o time brasileiro, mais consistente no sistema bloqueio-defesa e eficiente no contra-ataque, abriu distância de 12 pontos (22 a 10). José Roberto aproveitou a vantagem para dar rodagem a outras atletas, como Roberta, Tainara (na inversão do 5 e 1) e Julia Bergmann, e a equipe só administrou para fechar o set em 25 a 13.
Na terceira parcial, logo de cara a seleção brasileira abriu vantagem no placar. Macris continuou explorando bem as bolas de velocidade no meio, sobretudo com Carol, e o time, solto, fez 13 a 5. Novamente, Zé acionou Roberta/Tainara na inversão, Julia na ponta e Diana no meio e o time manteve a eficiência apresentada anteriormente. Tranquilas, as brasileiras fecharam a parcial em 25 a 12 e o jogo em 3 sets a 0.