s professores da rede municipal de Salvador decidiram manter a greve da categoria, em assembleia realizada nesta quarta-feira (25). A informação foi divulgada ao vivo durante o jornal Bahia Meio Dia.
A paralisação, que já dura duas semanas, foi iniciada no dia 11 de julho. Os docentes estão em campanha salarial e ainda não chegaram a um acordo com a prefeitura, que diz que o movimento é partidário por causa do ano eleitoral.
A assembleia ocorreu no Ginásio dos Bancários, que fica no bairro dos Aflitos. Depois da reunião, os docentes realizaram uma caminhada. Por volta das 12h40, um grupo ocupava toda a pista da Avenida Contorno, na altura da Bahia Marina, no sentido Comércio. Eles seguem em passeata com faixas e cartafazes. O ato deixa o trânsito lento na região.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), cerca de 60% dos docentes da capital aderiram à paralisação.
Durante inauguração da Unidade de Saúde da Família (USF) San Martin II, no Calafate, na Fazenda Grande do Retiro, o prefeito de Salvador, ACM Neto, voltou a criticar a paralisação. Ele diz que o movimento é partidário e avisou que 15% dos professores terão os pontos cortados já em julho.
“É um movimento estritamente político. Lamentavelmente, o sindicato não quer tratar o assunto olhando o interresse do professo e sim olhando o aproveitamento de um ano politico eleitoral, como ocorreu em 2016, quando eu fui candidato. Sempre em ano de eleição tem esse movimeto. Estrou acompanhando os números. Ontem (terça-feira, dia 24), apenas 11% das escolas não funcionaram. Portanto, a grande maior das escolas está funcionando”, destacou o prefeito.
Na terça-feira (24), professores fizeram uma “vigília” em frente à Secretaria de Gestão da cidade (Semge), no bairro dos Barris.
Segundo o sindicato da categoria, os docentes tinham uma reunião marcada com os secretários municipais de gestão e educação, mas, até por volta das 20h, não tinham sido recebidos. Depois desse horário, segundo a prefeitura, a reunião foi realizada.
Os professores alegam que tiveram cortes no salário deste mês e que, por isso, solicitaram a reunião. O sindicato diz que cerca de 2.400 professores vão ter algum corte nos salários.
Campanha
A greve dos professores, que estão em campanha salarial, afeta o funcionamento de parte das escolas na capital baiana. Inicialmente, a categoria havia pedido 12,5% de reajuste.
Depois, fez uma contraproposta e apresentou novo índice de aumento: 6,8% linear mais os 2,5% de avanço na referência, que é uma promoção na carreira para os profissionais da educação que estão em atividade.
A gestão municipal ofereceu R$ 2,5%, o que gera um impasse.
G1