Um homem, que não quer ser identificado, passou por momentos de terror com amigos e familiares em uma praia na ilha de Itaparica.
O que era para ser um dia de lazer, em um dos destinos turísticos mais procurados da Baía de Todos os Santos, acabou em um trauma difícil de ser esquecido.
— Não pouparam ninguém: criança, adulto, mulher grávida. Tinha uma grávida, ela tava tomando banho e ficou escondida atrás dos arbustos do mangue, porque senão sofreria a mesma situação.
Três homens armados renderam um grupo com 16 pessoas que saiu em uma lancha do bairro da Ribeira, em Salvador, com destino a Ilha de Itaparica. O barco atracou em uma praia por volta das 13h e, no fim da tarde, os bandidos chegaram. Uma menina de 12 anos foi feita refém enquanto os objetos de valor e dinheiro eram roubados.
— Não tem nenhuma estrutura de policiamento na ilha.
Nesta época do ano, é muito comum pessoas alugarem embarcações para conhecer as ilhas que fazem parte da Baía de Todos os Santos. Ilha de Maré, Ilha dos Frades e Ilha de Itaparica são alguns dos destinos mais procurados. Geralmente os veranistas escolhem praias de águas calmas, atacam os barcos e passam o dia. Mas muitos estão evitando este passeio por caso da insegurança.
Franco há 11 anos conduz escunas em passeios pela baía. Ele se sente constrangido ao dizer para alguns turistas que não pode parar em algumas ilhas pelo risco de assaltos.
— Eu me sinto triste, passando esse constrangimento de não poder desembarcar que é Itaparica, mas infelizmente é isso aí a verdade.
Na Ilha de Itaparica, as praias ficam cheias durante todo o verão. Mas o sossego deu lugar a insegurança.
Com o trauma, quem já foi vítima de assalto na Ilha diz que não retorna nunca mais ao local: “Tomei pavor, não piso meus pés lá e não aconselho a quem tem família levar seus filhos pra aquele local, porque está um inferno”.