Uma vacina contra a zika foi desenvolvida pela empresa austríaca Themis Bioscience, que lançou um estudo clínico em pessoas abertas a voluntários de todo o mundo, após verificar uma proteção eficaz nos estudos preliminares.
Em comunicado, a companhia anunciou nesta terça-feira que a nova vacina é baseada na tecnologia aplicada para elaborar com sucesso outra contra a chikungunya. Segundo a empresa, na nova vacina foi aplicada a tecnologia do DNA recombinado e “promete uma resposta imunológica rápida e eficaz”.
O programa de vacinação “está baseado em uma vacina com o vírus vivo atenuado”. A técnica é um tipo de imunização que já é empregado na pólio, na rubéola e no sarampo, e que consiste em inocular no indivíduo o mesmo vírus que provoca a doença, mas manipulado para diminuir sua periculosidade e para que estimule às defesas do organismo a combatê-lo.
Na primeira fase do estudo clínico, 48 voluntários vão testar três tratamentos com diversas doses. O objetivo é identificar a mais idônea quanto ao efeito protetor e a tolerância.
O estudo será realizado no Departamento de Farmacologia Clínica e no Instituto de Profilaxias Específica e Medicina Tropical da Universidade de Viena. Espera-se que os primeiros resultados sejam divulgados em seis meses.
Esse é o “primeiro estudo mundial de uma vacina viva atenuada de DNA recombinado contra a zika”, afirmou na nota o presidente e fundador da Themis Bioscience, Erich Tauber.
“As vacinas atenuadas são consideradas superiores porque induzem uma ativação mais rápida e mais completa do sistema imunológico, com uma imunidade duradoura”, acrescentou.
Terra