Manter-se competitivas. Esse é um dos principais desafios das empresas familiares e, para tanto, estruturar os modelos de administração dos negócios se revela essencial. Estudo realizado com 279 empresas desse tipo em todo o país, pela PwC Brasil em parceria com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), indica que mais de 60% delas reconhecem a necessidade de aprimorar a sua gestão.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 90% das empresas no Brasil possuem perfil familiar. Com isso, elas chegam a representar cerca de 65% do PIB e são responsáveis por empregar 75% dos trabalhadores no país.
O sócio líder da PwC Brasil no Nordeste, Luciano Sampaio, afirma que um caminho para o aprimoramento da gestão nessas empresas é investir em boas práticas de governança corporativa, que estão relacionadas a uma série de iniciativas para sócios, conselho de administração, órgãos de fiscalização e controle além de código de ética e conduta.
Entre as principais práticas adotadas, em cerca de 93% das empresas pesquisadas há pelo menos uma estrutura de fiscalização e controle. As mais frequentes são controladoria, auditoria independente e auditoria interna. 60% das empresas familiares possuem acordos formalizados entre os seus sócios, 70% contam com política de dividendos formalizada e 65%, com conselhos de administração, consultivos ou não.
A consolidação das práticas de governança é influenciada por três fatores: presença do fundador, porte e ciclo geracional. O estudo apontou que as boas práticas de governança estão mais presentes entre as empresas que se encontram na terceira geração. Muitas vezes, a presença do fundador acaba sendo um desafio à governança porque as decisões são muito centralizadas.
Entre os principais benefícios da governança corporativa, estão a resolução de impasses ou conflitos de interesse, geração de valor a longo prazo e sustentabilidade do negócio.