Quem está precisando recorrer a um empréstimo deve ficar bem atento às ofertas do mercado e pesquisar muito.
Um levantamento feito pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças) divulgado na terça-feira (13), apontou que as taxas do empréstimo pessoal nas financeiras custam o dobro do que as praticadas pelos bancos.
Enquanto nas financeiras, o juro do empréstimo pessoal fechou a 6,18%, nos bancos foi de 3,14%.
No ano, enquanto nos bancos os juros atingem 44,92%, nas financeiras chegam a 105,36%. Uma diferença de 134,5%.
A pesquisa também trouxe os juros praticados por outras modalidades de crédito.
Todas as linhas tiveram suas taxas reduzidas no mês de setembro, na comparação com agosto.
A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,03 ponto percentual no mês (0,66 no ano), o que corresponde a uma redução de 0,54% em setembro e de 0,72% nos últimos 12 meses.
Com isso, o juro médio da pessoa física passou de 5,59% ao mês (92,08% ao ano) em agosto, para 5,56% ao mês (91,42% ao ano) em setembro.
É a menor taxa de juros desde setembro de 2013.
Houve uma redução de 0,54% nos juros da modalidade, passando de 11,09% ao mês (253,26% ao ano) em agosto, para 11,03% ao mês (250,98% ao ano) em setembro.
A taxa é a menor desde janeiro de 2016 quando atingiu 10,96% ao mês e 248,34% ao ano.
Linha apresentou redução de 0,28% na sua taxa, passando de 7,03% ao mês (125,98% ao ano) em agosto, para 7,01% ao mês (125,47% ao ano) em setembro.
É a menor taxa da série histórica.
Foi registrada uma queda de 1,47% nos juros, passando de 1,36% ao mês (17,60% ao ano) em agosto, para 1,34% ao mês (17,32% ao ano) em setembro.
Também é a menor taxa deste mês da série histórica.
A taxa caiu 0,43%, passando a taxa de 4,68% ao mês (73,13% ao ano) em agosto para 4,66% ao mês (72,73% ao ano) em setembro.
É o menor juro praticado desde outubro de 2014 quando atingiu 4,65% ao mês e 72,53% ao ano.
Para Miguel José de Oliveira, diretor executivo da Anefac, alguns fatores estão contribuindo para as constantes quedas nas taxas das linhas de crédito:
• Expectativa de novas reduções da Selic, a taxa básica de juros, frente a um cenário de inflação baixa e recessão econômica;
• Redução dos depósitos compulsórios, promovida pelo Banco Central;
• Operações de crédito com juros baixos e aportes do governo para pagamento das folhas das empresas pequenas e médias;
• Renegociação de dívidas com juros menores; e
• Redução de juros para não agravar ainda mais o quadro de inadimplência e solvência das empresas e pessoas físicas.
Oliveira, porém, acredita que a tendência é que as taxas possam ser elevadas nos próximos meses.
Ele cita como exemplo: redução de impostos, compulsórios e da taxa básica de juros
Para Teresa Tayra, educadora financeira, é sempre bom trocar uma dívida mais cara por outra mais barata.
Porém, ela frisa que antes de fazer a troca, é preciso se conscientizar sobre um ponto.
Ter dívidas é um hábito recorrente a sua vida? Se afirmativo, é preciso rever sua situação financeira.
Um dos pontos que podem influenciar nas dívidas constantes é o fato de você estar vivendo um padrão de vida acima da sua realidade.
A educadora ressalta que é importante estar atento a dois erros comuns:
• Contabilizar o salário bruto na receita ao invés de considerar apenas o valor líquido a receber; e
• Listar apenas gastos maiores e fixos no orçamento do mês.
R7