Durante a participação no Encontro Setorial das Seguradoras, realizado nesta quinta-feira (26) em Salvador (BA), o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira, reforçou a importância de empreender esforços que diminuam os riscos climáticos com auxílio do setor segurador.
“Numa reunião recente com representantes estrangeiros, eles tinham uma brochura que dizia que ‘risco climático é risco de negócio’, no sentido de convencer os clientes a se proteger sobre isso. E eu falei que essa frase não está 100%. Então eu mudei um pouco e disse que ‘risco climático é negócio de risco, e risco é o nosso negócio’. Não é à toa que os chineses usam a mesma palavra para crise e oportunidade, é o mesmo ideograma’’, destacou Dyogo.
Segundo ele, todo o planeta já está vivendo a mudança climática. E que baseado na atuação do mercado que “entende bem” de pagamentos de indenizações se pode observar claramente, ano após ano, que tem crescido pagamento de apólices relativas a incidências climáticas, como no Rio Grande do Sul, por exemplo, e que se deve atentar a esta conjuntura atual.
O presidente do Sindicato das Seguradoras dos estados da Bahia, Sergipe e Tocantins (Sindseg BA/SE/TO), Paulo Cézar Souza Martins, a mudança do clima, e especialmente das matrizes energéticas, faz parte, mas o setor deve se preocupar e estar integrado a este desenvolvimento e ter um olhar diferenciado para as mudanças climáticas.
“A indústria de seguros tem a capacidade da sustentação necessária para que consigamos realmente ter um olhar mais diferenciado para o clima, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de novas formas de ajudar o meio ambiente. Neste encontro, destacando este e outros temas demonstrou quanto nós estamos integrados para desenvolver o mercado de seguros e, consequentemente, atuar na diminuição de riscos, seja climáticos ou outros tipos”, afirmou.
Encontro Setorial
O Encontro Setorial na capital baiana contou com mais de 150 pessoas. Esta foi a segunda edição do evento, que é voltado para profissionais seguradores, assessores e líderes do mercado de seguros.
O mercado segurador da região que engloba os três estados demonstra crescimento e participação relevante no cenário nacional, sendo o 7º estado em arrecadação do setor no país. O objetivo do evento foi debater e discutir com especialistas em seguros, representantes do setor e imprensa da região, iniciativas para que a população e governos locais possam se conscientizar sobre a necessidade de proteção social e financeira que os produtos do seguro trazem.
Durante o encontro também foram apresentadas ações que possam apoiar o desenvolvimento estrutural das regiões destacando iniciativas como o seguro social contra catástrofes, seguro em concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) e o seguro garantia para conclusão de obras públicas, legislações federais sobre o tema, além de projetos de investimentos de seguridade rural e ambiental.
Região sindical
Os seguros nesta região sindical entre 2007 e 2021, sem a participação da saúde, tem uma participação média de 3,3% na arrecadação do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Enquanto região sindical, que engloba os estados da Bahia, Sergipe e Tocantins, que soma quase 19 milhões de pessoas, se apresenta uma arrecadação média do PIB da localidade de 2,1%.