O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e dos vestibulares do país deverá sofrer alterações após a reforma do ensino médio e da definição da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) proposta pela Medida Provisória anunciada pelo Ministério da Educação na última semana. Em entrevista ao portal G1, o titular da pasta, Mendonça Filho, destacou que não haverá mudanças no Enem deste ano, mas que os vestibulares e o Enem poderão ter liberdade para escolher os conteúdos exigidos nas provas entre a BNCC e os componentes optativos do currículo. “Um teste como o Enem não está condicionado a uma definição expressa na lei. Ele é definido a partir de uma avaliação de um conteúdo que ele vai ser dimensionado. Você tem um conteúdo único, padrão, que é definido pela Base Nacional Comum Curricular, e tem conteúdos complementares, dentro daquelas áreas temáticas: ciências da natureza, ciências humanas, linguagem, e por aí vai”, explicou. A secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC), Maria Helena Guimarães de Castro, cogita que os processos seletivos fiquem mais exigentes. Ela apontou a Fuvest, que seleciona alunos da Universidade de São Paulo (USP) e da Santa Casa de Medicina, como referências. “O que pode acontecer? Por enquanto não dá para saber o que vai acontecer. Estou falando em uma hipótese: podemos ter um Enem nacional que avalia o que for aprovado no próximo ano na Base Nacional Comum, e podemos ter avaliações nacionais ou então das próprias universidades daquilo que é área de aprofundamento”, apontou. “Então, por exemplo: para entrar no curso de medicina, eu posso ter uma prova nacional só na área de aprofundamento de ciências da saúde, pegando mais biologia, química e até matemática, depois de ter feito a prova da base nacional comum obrigatória para todos”, cita, para acrescentar: “Daí eu tenho um prova na área de aprofundamento até muito mais exigente, na área de aprofundamento, do que o atual Enem, como é por exemplo, o vestibular da USP hoje”.
Bahia Notícias