Com a queda contínua da inflação e a economia em franca retomada, o Banco Central decidiu derrubar a taxa básica de juros (Selic) para 7% ao ano – o menor valor desde 1986. Essa taxa é importante para todos os brasileiros, já que afeta diretamente suas vidas. Quanto menor a taxa, melhor para você e para o País. Na prática, as famílias terão juros mais baixos em empréstimos e financiamentos. Para as empresas, o custo de investir diminui e elas podem gerar mais empregos.
A queda de juros é um círculo virtuoso, mas essa redução só é possível se o País tiver as condições necessárias para que o Banco Central reduza a taxa. Nos últimos meses, o Governo do Brasil criou essas condições ao tomar medidas importantes, como a criação do teto dos gastos. Colocar em votação a reforma da Previdência também foi importante para esse processo, além de outras ações que reorganizaram a economia.
Como é decidida a taxa de juros?
A evolução da taxa básica de juros (Selic) é decidida em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), formado pela diretoria do Banco Central. São oito encontros por ano, um a cada 45 dias.
A reunião ocorre em duas etapas. Na primeira parte, na terça-feira, é feita uma análise de mercado e de conjuntura. Durante a manhã e a tarde, técnicos do Banco Central apresentam análises da economia brasileira e internacional para os diretores.
Na quarta-feira, ocorre a segunda etapa da reunião. Essa parte do encontro, no entanto, conta somente com a presença dos diretores e do presidente do Banco Central.
Para que serve a taxa de juros?
Por ser usada como referência para todas as operações entre os bancos, a Selic influencia toda a economia brasileira. Quando ela sobe, o acesso ao crédito pela população fica mais difícil, resultando em diminuição do consumo. Se a taxa cai, ocorre o processo inverso.
Por que ela é usada para controlar a inflação?
Como a taxa Selic tem influência sobre o consumo, ela constitui a principal ferramenta do Banco Central para controlar os preços e a inflação.
No que ela afeta a atividade econômica?
Como o aumento da taxa Selic eleva a atratividade das aplicações em títulos da dívida pública, a tendência é que os investidores coloquem recursos em empréstimos para o Governo do Brasil, uma vez que o retorno passa a ser mais alto.
Quando ocorre o inverso, os investimentos no setor produtivo passam a ser mais viáveis, o que beneficia a economia durante períodos de economia fraca.
Por que é importante controlar a inflação?
Diante do histórico do Brasil com a hiperinflação, o respeito ao controle dos preços é um compromisso de que o Governo do Brasil atuará para evitar um cenário de inflação alta, que corrói salários, aumenta a desigualdade e afeta a estabilidade econômica.
Dessa forma, ao respeitar a meta de inflação, hoje em 4,5%, o governo dá mais segurança às famílias, às empresas e aos investidores de que está comprometido com a estabilidade e com os rumos da economia.
O que tem acontecido nos últimos meses?
Com mais otimismo diante da mudança de rumos da política econômica, as expectativas com a inflação melhoraram e os preços vêm caindo. A atividade econômica ainda está em processo de retomada, o que contribui para que o Banco Central tenha espaço para realizar cortes na taxa Selic.
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