** Perda de receita no estado foi a 2ª maior do país em valores e 3ª maior em termos percentuais (-4,4%);
** Ainda assim, número de empresas de serviços não financeiros cresceu 6,2% na Bahia, em relação a 2015, chegando a 50,6 mil em 2016;
** Entre 2007 e 2016, a empresas de serviços prestados às famílias foram as que mais aumentaram sua participação na receita gerada pelo setor de serviços na Bahia, enquanto as empresas de serviços de informação e telecomunicações foram as que mais perderam;
** Os serviços prestados às empresas foram os que mais perderam empregos entre 2015 e 2016, por outro lado, as empresas de manutenção e reparação foram as que mais geraram vagas.
Em 2016, havia 50.617 empresas do setor de serviços não financeiros (exclui os bancos) atuando na Bahia, 6,2% a mais que em 2015 (47.672). Embora a crise econômica não tenha reduzido o tamanho do setor no estado nesse período, fechou vagas de emprego e levou a uma redução da receita bruta dos serviços.
O número de pessoas trabalhando nas empresas do setor de serviços na Bahia caiu 4,7% de 2015 para 2016, passando de 563.127 para 536.570 (menos 26.557 empregados em um ano). Já a receita bruta do setor recuou 4,4% no período, passando de R$ 53,7 bilhões em 2015 para R$ 51,3 bilhões em 2016 (uma perda nominal de R$ 2,4 bilhões).
Em valores, a Bahia teve a segunda maior redução do país na receita bruta dos serviços, menor apenas que a verificada no Rio de Janeiro, que teve perda nominal de R$ 6,7 bilhões. Em termos percentuais a queda foi a terceira mais profunda, acima apenas de Amapá e Amazonas, cada um dos quais teve recuo de 5,2% na receita dos serviços.
Entre 2007 e 2016, a Bahia foi o estado com a terceira maior perda de participação na receita bruta nacional do setor de serviços, passando de 3,48% a 3,16% do total. Foi uma perda menor apenas que as verificadas em São Paulo (de 44,14% para 42,70%) e Mina Gerais (de 8,20% para 7,42%) – ambos estados que têm peso muito maior na estrutura da receita dos serviços no país.
Em todo o Brasil, em 2016, estavam ativas 1,3 milhão de empresas no setor de serviços não financeiros, que empregaram 12,3 milhões de pessoas e tiveram uma receita bruta de R$ 1,5 trilhão.
Apesar do recuo entre 2015 e 2016 e da perda de participação nacional, a Bahia se manteve, em 2016, como o estado do Nordeste com a maior receita bruta do setor de serviços, respondendo por 30,9% dos R$ 165,8 bilhões faturados pelos serviços na região. Em seguida, vinha Pernambuco, com 21,7%.
Ainda que, na Bahia, as atividades ligadas aos Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tenham o maior peso na estrutura da receita dos serviços, representando 30,8% do total, entre 2007 e 2016, quem mais ganhou importância no estado, em termos de receita, foram os Serviços prestados às famílias, que representavam 11,3% da receita bruta do setor em 2007 e passaram a 15,8% em 2016.
Por outro lado, nesse período, quem mais perdeu participação na estrutura de receita, na Bahia, foram os Serviços de informação e comunicação, que passaram de 26,5% a 17,9% do total, entre 2007 e 2016.
De 2015 para 2016, a atividade de serviços que mais demitiu na Bahia foi a de Serviços profissionais, administrativos e complementares, na qual houve perda de 23.409 postos de trabalho (-9,3%). Ainda assim, esta é a atividade que mais emprega no setor, com 229.071 pessoas ocupadas em 2016 (42,7% do total).
Incluem-se nesse grupo empresas que prestam serviços principalmente a outras empresas, como as de seleção, agenciamento e locação de mão de obra; agências de viagens e operadores turísticos; empresas de serviços de vigilância, segurança e transporte de valores; de apoio administrativo, entre outras.
O segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio foi a segunda grande atividade de serviços que mais demitiu no estado (-2.607 pessoas ocupadas em relação a 2015, uma queda de 2,4%), passando a ocupar, em 2016, 105.793 pessoas (19,7% do total de empregados nas empresas de serviços baianas).
Entre 2015 e 2016, as empresas de Serviços de manutenção e reparação (de veículos, equipamentos de informática e objetos domésticos, por exemplo) foram as que mais empregaram na Bahia, passando de 17.861 para 18.807 pessoas ocupadas, ou mais 946 empregados em um ano (+5,3%). OsServiços prestados principalmente às famílias tiveram o segundo maior aumento, de 131.487 para 132.360 pessoas ocupadas, entre 2015 e 2016 (mais 863 empregados ou +0,7%).
Com a recente redução no total de pessoas trabalhando no setor, o porte das empresas de serviços diminuiu na Bahia. Em 2007, em média cada empresa do setor empregava 13 pessoas, enquanto em 2016, essa média caiu para 11.
As atividades que mais reduziram a média de empregados por empresa, nesse período foram as Outras atividades de serviços, de 25 para 13 trabalhadores por empresa (esse grupo reúne empresas de serviços auxiliares da agricultura, pecuária e produção florestal; serviços auxiliares financeiros, dos seguros e da previdência complementar; esgoto, coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais), seguida pelasAtividades imobiliárias, de 9 para 3 pessoas ocupadas, em média, por empresa.