Eleito pelo Republicanos, com 17.035 votos, a maior votação entre os 43 eleitos para a Câmara Municipal de Salvador, Luiz Carlos Souza, natural de Bezerros, no Estado de Pernambuco, tem formações em Administração e Gestão de Pessoas. Seria seu terceiro mandato, mas acabou convocado para compor a equipe de secretários do prefeito Bruno Reis. Ele está à frente da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas, uma das mais dinâmicas. Luiz Carlos fala nessa entrevista sobre os desafios para os próximos quatro anos tendo ainda que enfrentar as dificuldades da pandemia da Covid-19.
Diga Bahia – O Senhor foi o vereador com maior votação para a Câmara Municipal de Salvador em 2020. Como foi o convite para assumir a secretaria?
Luiz Carlos de Souza – Sem sombra de dúvida, é um novo desafio. A secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas de Salvador tem a reponsabilidade de pensar a cidade do ponto de vista estrutural para os próximos anos, seja projetando novas vias, tocando obras, com a construção de unidades habitacionais e outros projetos. Estou muito entusiasmado. Espero atender a expectativa do prefeito, que me fez o convite, e da sociedade.
Diga – Seu trabalho na Câmara sempre foi voltado para a juventude. O trabalho na secretaria também terá a juventude como um dos públicos alvo?
LC – Tem que pensar a cidade para os próximos anos e isso requer uma relação profunda com a juventude, já que o nosso horizonte é a longo prazo. Os jovens se tornarão adultos e receberão uma cidade mais preparada. Um dos desafios também é preparar a cidade para o turismo, uma das grandes vocações de Salvador. Precisamos pensar na juventude, no futuro, mas sem deixar de lado questões estruturantes que garantam também acessibilidade. Precisamos pensar nas pessoas que têm dificuldade de locomoção.
Diga – Quais os principais desafios da Pasta?
LC – A secretaria tem a função de detectar problemas ou recebê-los de outras pastas e preparar os projetos a serem executados. Temos ações importantes para a cidade, como as de regularização fundiárias. Salvador tem centenas de invasões. Muitas famílias, comunidades, se instalaram em áreas de antigas fazendas. Estão lá há décadas, sem escritura do imóvel, sem condições de fazer financiamentos. Nosso objetivo é realizar o sonho dessas pessoas, fazer os projetos, dar as escrituras. Sabemos do déficit habitacional da cidade, precisamos também torná-la mais humana.
Diga – E o programa Morar Melhor?
LC – O programa Morar Melhor é um case de sucesso. Muitos municípios do país estão copiando a ideia. O desafio é reformar 50 mil residências nos próximos quatro anos, mesmo sabendo que enfrentamos uma pandemia e temos limitação financeira. Essas obras são realizadas dentro das casas das pessoas. Mas temos também reassentamentos, quando precisamos realocar moradores, indenizar. Precisamos dar condições de moradia às famílias para não acontecer saírem de um lugar irregular e acabar se deslocando para outro.
Diga – Estamos há mais de um ano vivendo uma pandemia histórica. O que é possível fazer até o final do ano? Quais os objetivos traçados para os próximos anos?
LC – Nenhuma obra paralisou, salvo casos em que houve contaminação de funcionários. Nenhuma obra está paralisada, apesar dos problemas. Temos que nos preparar para a retomada após período pandemia; tem que preparar a cidade. Há a necessidade de manter empregos e o mercado de construção civil emprega muita gente. Obras públicas têm essa finalidade. O trabalho vinha sendo bem feito e o objetivo agora é acelerar isso nos próximos quatro anos.
Diga – Como o senhor observa o trabalho que a Prefeitura de Salvador e o Governo do Estado vêm desenvolvendo no combate à epidemia?
LC – Estão fazendo seu papel, dialogando, construindo medidas juntos, atravessando o momento sem gerar colapsos no sistema de saúde.
Diga – Salvador é uma cidade com problemas diversos com relação à habitação. Como a Prefeitura pretende resolvê-los?
LC – Além dos reassentamos, estamos trabalhando para implementar o Programa Casa Verde Amarela, que é o Minha Casa Minha Vida reformulado. Esse novo modelo melhorou, baixou juros, facilitou financiamento. Mas ainda é um desafio atingir as pessoas de baixa renda. Estamos trabalhando para reduzir déficit habitação cidade.