O vereador Marcello Siciliano (PHS) investigado pela morte de Marielle negou a acusação de suposto envolvimento com o assassinato da vereadora. “A minha relação com a Marielle era muito boa, nós tínhamos um carinho grande um com o outro — disse o vereador Marcello Siciliano (PHS), em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (9).
Ele questionou a credibilidade da testemunha que o acusou de ser o mandante do crime, que resultou também na morte do motorista Anderson Gomes. Siciliano classificou denúncia como “factoide”.
— Eu não estou entendo o porquê desse factoide ter sido criado por essa pessoa e agora, mais do que nunca, eu faço questão que tudo isso seja esclarecido o mais rápido possível. Eu tenho família, estou sendo massacrado nas redes sociais por algo que foi supostamente dito por uma pessoa que a gente nem sabe a credibilidade que tem
Siciliano garantiu que mantinha uma boa relação com a vereadora, citou projetos de lei que desenvolveu junto a Marielle Franco e lembrou que a parlamentar esteve presente em seu último aniversário.
O vereador também afirmou que não havia disputa entre ele e Marielle em busca de votos na zona oeste da cidade. Em depoimento, a testemunha havia contato que o crime teria sido motivado pela atuação da socióloga na Cidade de Deus, área de interesse político do parlamentar.
— Nós nunca tivemos conflitos políticos em região nenhuma. Cidade de Deus nunca foi meu reduto eleitoral, se vocês puxarem minha votação lá, foi ínfima. Curicica também não tive votos.
Contudo, segundo o site do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), a segunda maior votação recebida por Marcello Siciliano foi registrada na 179ª zona eleitoral, que atende a comunidade. O parlamentar foi o 34ª vereador eleito, com 13.553 votos.
Siciliano foi citado em depoimentos e foi um dos vários vereadores ouvidos pela Polícia Civil, no começo de abril. Além dele, um ex-policial militar conhecido como Orlando da Curicica, ligado a milícias da cidade e que está preso no complexo penitenciário de Bangu, seria outro envolvido nos assassinatos.
A testemunha contou que Siciliano e Orlando teriam se encontrado algumas vezes e que Marielle havia sido tema das conversas.
Durante a coletiva, o vereador negou que conhecesse o ex-policial. Alegou que, em virtude do trabalho realizado nas comunidades, conhece muitas pessoas e, por isso, não poderia garantir que nunca tivesse o encontrado, mas garantiu que nunca ocorreu uma “reunião marcada tratar assuntos específicos”.
R7