A flexibilização das atividades comerciais nas principais capitais do Brasil, a exemplo da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo trouxe à tona o modelo híbrido de trabalho, que vem ganhando o status de “novo normal” em escritórios ao redor do país. Com o time de funcionários alternando entre home office e escritório, a pandemia do coronavírus vem ditando novos costumes no ambiente empresarial.
Segundo levantamento feito com mais de 700 empresários do país pela KPMG, apenas 16% concordaram em voltar com as atividades com todo o pessoal. Os gestores que optaram por utilizar inicialmente metade do pessoal corresponde a 27% do total, enquanto 16% dos empregadores concordam em voltar inicialmente com, no máximo, 15% do seus funcionários presencialmente.
Avaliando a tendência nacional do novo padrão de trabalho, o consultor empresarial Alex Cruz explica que as empresas estão adotando o modelo híbrido por dois motivos: segurança e custo. Para o profissional, evitar aglomerações no ambiente de trabalho e reduzir — ou equilibrar —alguns custos como pagamento do banco de horas, transporte, energia, água e alimentação nas sedes diminui os impactos na receita empresarial já avermelhada.
Membro da Associação Brasileira de Consultores Empresariais (ABRACEM), o administrador relata que os critérios estabelecidos para determinar o “grupo presencial” e o “home office” pode apresentar muitas variáveis, a exemplo de grupos de risco (saúde) no trabalho, questões estratégicas ou comerciais.
“Nesse momento, não pode sobrar dúvidas aos funcionários a respeito do critério utilizado pela empresa para saber quem vai trabalhar de casa ou não. Existem funções que as pessoas precisam estar mais próximas dos produtos, como encarregados do estoque. Tem também atividades, a depender da função, que trabalham melhor remotamente. Cabe ao gestor interpretar a melhor situação para cada funcionário”, explica.
Outro tópico importante para os gestores avaliarem, segundo Alex, é o “feeling” dos empregados a respeito do grupo de atividades que estão inseridos — âmbito presencial ou virtual. O consultor afirma que o modelo pode causar incômodo nos trabalhadores, visto que existem preferências e precauções pessoais a respeito da pandemia. Para evitar esses conflitos, o profissional reafirma explicar detalhadamente os critérios de admissão em cada modelo de trabalho.
Na ausência de leis que proíbam o funcionário de retornar ao trabalho presencial, Alex elucida que o contrato de trabalho ainda norteia o local designado ao trabalhador, sendo comumente o escritório pré-estabelecido. Entretanto, diante de um momento atípico, o consultor afirma que pode existir um consenso entre a equipe para restabelecer as diretrizes dos contratos.
A frente da Cruz Consultoria, Alex não tem dúvidas que o modelo híbrido de trabalho veio para ficar, mesmo após a pandemia. “Os ‘coworkings’ e escritórios virtuais já vinham em crescimento, e com isso, muitas pessoas aprenderam a trabalhar em casa. Como há benefícios mútuos para toda equipe, o trabalho alternado em dias da semana pode poupar dias de trânsito para o empregado e diminuir custos com estrutura, internet e transporte para gestores, sendo vantajoso para todo o conjunto”, conclui.
Para saber mais sobre o modelo híbrido de trabalho e dicas de gestão, acesse consultoriacruz.com.br ou a página do Instagram @cruzconsultoria.