Apesar de avançar em várias partes do mundo e também em capitais do Brasil, não há casos recentes registrados de sarampo em Salvador, graças ao trabalho preventivo feito pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A Diretoria de Vigilância a Saúde da pasta tem acompanhado o monitoramento de unidades de emergência, hospitalares e terminais de passageiros, além de realizar o trabalho de conscientização da população sobre a importância da vacinação oferecida na rede pública.
Esse trabalho preventivo também foi feito durante a Copa América, sobretudo em função da chegada de turistas brasileiros e estrangeiros à cidade. No Brasil, que sempre foi referência no combate à doença, já foram confirmados, até o dia 28 de junho, 142 casos em sete estados: São Paulo (66), Pará (53), Rio de Janeiro (11), Minas Gerais (4), Amazonas (4), Santa Catarina (3) e Roraima (1).
“Existe o risco da circulação do vírus em nossa cidade neste período do ano devido ao aumento de circulação das pessoas, tendo em vista as festas juninas, as férias escolares, e este, ano a Copa América. Por isso, estamos atentos e realizando ações que evitem a introdução e disseminação da doença no município”, destaca Doiane Lemos, subcoordenadora de Doenças Imunopreviníveis da SMS.
Vacina – “Porém, a população também precisa fazer sua parte. No há motivos para correr riscos, uma vez que temos a vacina, oferecida gratuitamente pela Prefeitura, em cerca de 130 postos de saúde. A imunização continua sendo a melhor forma de prevenção”, acrescentou a subcoordenadora.
Para a Copa América, a SMS convocou para serem imunizados todos os profissionais que atuariam no evento, sobretudo na área turística. O objetivo foi o de evitar a disseminação não apenas do sarampo, mas de todos os tipos de doenças infectocontagiosas imunopreviníveis na capital. Vale lembrar que a Bahia não tem um caso de sarampo autóctone, quando o vírus é contraído no mesmo local, há 20 anos.
A doença – O sarampo é uma doença infectocontagiosa provocada por um Morbilivirus e transmitida por secreções das vias respiratórias, como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. O período de incubação, ou seja, o tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas, é de cerca de 12 dias, mas a transmissão pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e estender-se até o quarto dia depois que surgiram placas avermelhadas na pele.
O sarampo é uma doença potencialmente grave. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro. Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal-estar intenso.
Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca. A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central, e pode complicar com infecções secundárias, a exemplo de pneumonia, podendo levar à morte.