“Espero que não [abale a relação entre os poderes]. Reitero o que eu disse ontem, que precisamos respeitar as decisões do Judiciário, mesmo que existam divergências. Divergir é diferente de não aceitar. O presidente ou qualquer membro do governo pode ser crítico, mas precisa respeitar. Ontem numa operação do Rio, adversário do governo federal, em tese, parlamentares apoiaram e hoje eles talvez critiquem – isso é legitimo, mas independente de críticas, temos que respeitar os tribunais de qualquer instância”.
Maia também repercutiu a nota do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Heleno, que ao criticar pedido do STF para apreender o celular do presidente Bolsonaro disse que o “inadimissível pedido” poderia ter “consequências imprevisíveis para a estabilidade institucional”. Maia, no entanto, disse que convocar o ministro para explicar a nota talvez não seja o mais adequado.
“É claro que a nota do ministro Heleno foi acima do tom, constrangeu a muitos, não é um tom que deveria ser usado, mas, depois o que eu vi, foram sinalizações de crítica à nota do Heleno. Talvez agora um requerimento de informação seja mais adequado, num momento de pandemia deveríamos não chegar no limite de ter que convocar – não precisa de medida extrema”, disse Maia.