O horário de verão terminou em muitas regiões do Brasil na madrugada deste domingo (19). Mas os efeitos podem continuar durante toda a semana. Se você sentir sonolência, enxaqueca, dor de estômago e até alteração no apetite não se preocupe, porque esses sintomas são comuns na adaptação.
A clínica-geral do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos Rossana Maria Russo Funari explica que essa mudança pode gerar sintomas por sete dias. Para driblar os efeitos da modificação de hábitos, ela recomenda preparar-se para dormir no horário de costume e evitar o consumo de bebidas que tirem o sono, tais como café, refrigerante e demais opções com cafeína.
Segundo a especialista, o estilo de vida também pode influenciar o quão desconfortável o organismo fica com os novos horários. Isso acontece porque pessoas mais regradas em termos de alimentação e sono sentem com mais força os sintomas.
— Se a pessoa costuma acordar muito cedo para trabalhar, a mudança é mais perceptível. No fim do horário de verão, a tendência é dormir mais tarde, enquanto o relógio biológico está programado para acordar mais cedo. Isso prejudica o rendimento.
Para aqueles cuja rotina é mais flexível, a profissional recomenda acordar 15 minutos mais cedo diariamente, para que a transição ocorra de forma mais suave. E para quem pensa que as transformações causadas pelo fim do horário de verão se assemelham às causadas pelo jet lag, o cansaço ocasionado por viagens com diferentes fuso-horários, a médica explica que isso não é verdade.
— No horário de verão, as mudanças nesse ritmo são mais suaves e não causam tantas consequências para a maioria das pessoas. Já no jetlag, temos uma condição menos fisiológica, que é uma consequência de alterações no ritmo circadiano (período de aproximadamente 24 horas), mais intenso em viagens longas em que há grandes mudanças de fuso horário.
R7