Estudantes secundaristas ocupam três escolas na cidade de Campinas, interior de São Paulo. Eles protestam contra a reforma do Ensino Médio e a proposta de emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos nos próximos 20 anos (PEC 241). A reitoria do Instituto Federal de São Paulo, na capital paulista, segue ocupada há duas semanas.
De acordo com a secretaria estadual da Educação, estão ocupadas as escolas Newton Opperman, no Jardim Florence, Glória Aparecida Rosa Vianna, no Satélite Íris 2, e Hugo Penteado Teixeira, no Parque Floresta, todas no distrito Campo Grande, no município de Campinas. A entrada dos estudantes ocorreu na terça-feira (1º) à noite, segundo a Polícia Militar.
A escola Carlos Alberto Galhiego, no Jardim Santa Clara, foi ocupada ontem (2) no início da manhã e desocupada à noite, no mesmo dia. A secretaria informou que essa unidade teve as aulas retomadas hoje (3) normalmente.
No Instituto Federal de São Paulo, na capital, apenas a reitoria está ocupada e as aulas seguem normalmente. Os estudantes ocuparam também o campus de Sertãozinho, no interior, entre os últimos dias 24 e 29. Na unidade, as aulas chegaram a ser interrompidas, mas hoje (3) transcorriam normalmente.
Os estudantes do instituto elaboraram uma carta em que reivindicavam a garantia de que disciplinas como filosofia, sociologia, espanhol, educação artística e educação física sejam mantidas na grade, além da manutenção de professores com formação de nível superior na área em que lecionará.
Enem muda data de provas
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o movimento de ocupações das escolas fez com que 304 locais de aplicação da prova do Enem fossem cancelados. Candidatos inscritos para esses locais tiveram a prova transferida deste final de semana (5 e 6 de novembro) para os dias 3 e 4 de dezembro.
A assessoria de imprensa do Inep informou que divulgará amanhã (4) uma lista atualizada de escolas onde a aplicação da prova será cancelada.
Agência Brasil