O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) perdeu em quatro meses 70% da área que controlava na Síria, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos divulgou hoje (15). Eles são alvo de ofensivas do Exército sírio e seus aliados e de milícias curdas apoiadas pelos Estados Unidos. A informação é da Agência EFE.
No último dia 6 de maio, os jihadistas controlavam 72,3 mil quilômetros quadrados (Km2), equivalente a 39,1% do território sírio, e agora dominam 12,3%, o que equivale a 22,8 mil Km2.
O Observatório mede as perdas dos radicais a partir dessa data porque é quando entrou em vigor na Síria o acordo para a criação de zonas de distensão no país, que reduziu a violência em algumas partes e permitiu às forças governamentais concentrar-se na luta contra o EI.
O grupamento que mais avançou neste tempo foi o dos leais ao governo sírio, que atualmente têm nas suas mãos 48% do território, 89 mil Km2. Em maio, tinha em seu poder 19,3% (36 mil Km2). A ONG salientou que o respaldo da Rússia foi determinante para este progresso governamental.
Já as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança liderada por milícias curdas e apoiadas pela coalizão internacional comandada pelos Estados Unidos, agora controlam 43 mil Km2, 23,1% da superfície. Há quatro meses, a aliança detinha 41 mil Km2, 22,1% da área.
O resto do território sírio está repartido entre facções rebeldes e islâmicas, entre as quais há algumas jihadistas e grupos respaldados pela Turquia e pelos EUA, que no total retêm 16,5% do país (30 mil Km2). Esses grupos retrocederam em relação a maio, quando tinham 19,2% em seu domínio (35 mil Km2).
O Observatório destacou ainda que no sul da Síria um grupo vinculado ao EI, denominado Exército de Jaled bin Walid, mantém 250 Km2, 0,1% da Síria, desde maio na bacia do rio Al Yarmuk, adjacente às Colinas de Golã, ocupados por Israel desde 1967.
Agência Brasil