O estudante Adilson Serafim, 18, falou sobre a importância do horto medicinal. “O intuito é valorizar e resgatar as plantas medicinais que estão sendo menos usadas, pois hoje em dia as pessoas dão prioridade a remédios comprados em farmácia. No nosso horto medicinal, que é montado de forma circular e dividido em 12 partes, cada hora representa um órgão do corpo humano e em cada parcela são cultivadas plantas medicinais comprovadas pela Ciência para auxiliar nos transtornos de saúde do órgão correspondente. Além de serem naturais, as plantas medicinais trazem vários benefícios para a saúde”.
Para o fígado, por exemplo, são cultivadas plantas como Alcachofra e Cardo Mariano; para o pulmão, Pulmonaria e Violeta; para o intestino grosso, Linum usitatissimum (linhaça) e Tanchagem; e para o estômago, Manjericão e Hortelã. Já no tratamento de doenças do coração, são plantados pés de Alecrim e Gervão; enquanto que enfermidades nos rins são utilizadas plantas como Carqueja e Quebra-pedra.
A estudante Kammily Victória Silva, 18, reforça que o horto medicinal é uma tradição milenar criada pelos chineses, que acreditam que o cultivo das plantas pode ser utilizado para o tratamento de diversas doenças. “Para a realização desse projeto, elaboramos uma pesquisa sobre as plantas, seus benefícios à saúde e o órgão para o qual é indicado fazer o tratamento. Fizemos a demarcação do local, reviramos o solo junto com esterco bovino para que as plantas absorvam os nutrientes, plantamos mudas e sementes e implantamos um sistema de irrigação por microaspersão”.
A pesquisa, que integrou os Seminários Territoriais da Educação Profissional e Tecnológica, foi apresentada pelos estudantes durante o Encontro Estudantil da Rede Estadual de Educação, realizado no mês de dezembro de 2024, na Arena Fonte Nova, em Salvador. O evento, também, contou com a exposição de diferentes projetos selecionados para a 12ª Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (FECIBA).