O número de pessoas com pressão arterial alta aumentou substancialmente em todo o mundo nos últimos 25 anos, colocando bilhões em risco elevado de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e doenças renais, diz um novo estudo publicado na terça-feira (12). Pesquisadores do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington (EUA) analisaram 844 estudos de 154 países que incluíram 8,69 milhões de participantes para examinar a carga de saúde associada à pressão arterial sistólica (PAS), a pressão quando o coração bate enquanto bombeia sangue. Segundo a Agência Brasil, a PAS de pelo menos 110 mm Hg tem sido relacionada a múltiplos resultados cardiovasculares e renais, incluindo doença cardíaca isquêmica, doença cerebrovascular e doença renal crônica. Verificou-se que a taxa de pressão arterial sistólica de pelo menos 110 a 115 mmHg aumentou de 73.119 para cada 100 mil pessoas em 1990, para 81.373 por 100 mil em 2015 e que a PAS de 140 mmHg ou mais, uma condição conhecida como hipertensão, aumentou de 17.307 pessoas em 1990 para 20.526 por 100 mil pessoas. No geral, estima-se que 3,5 bilhões de indivíduos tenham um nível de PAS de pelo menos 110 a 115 mm Hg e 874 milhões de indivíduos tinham hipertensão em 2015. Além disso, o aumento da PAS foi associado a mais de 10 milhões de mortes em 2015, um aumento de 1,4 vezes desde 1990, tornando-o a principal contribuinte global para a morte evitável. “Tanto o número projetado quanto a taxa de prevalência de PAS de pelo menos 110 a 115 mmHg provavelmente continuarão a aumentar globalmente”, disse o estudo. Para os pesquisadores, as descobertas devem apoiar o aumento dos esforços para reduzir a carga da doença.