O programa de controle ao tabagismo ocorre por incentivo do Ministério da Saúde. Nas unidades de saúde do município o tratamento ocorre por sessões, sendo realizada uma a cada semana, totalizando quatro ao mês. Nestes momentos são distribuídas cartilhas com o passo a passo para parar de fumar. Nestas cartilhas há uma “tarefa de casa”, que mostra caminhos para o fumante deixar o fumo.
A odontóloga Carla Germiniana, responsável pelo programa na USF da Mata Escura, ministrou palestras nesta quarta-feira, explicando que o acompanhamento dos pacientes ultrapassa as sessões. “Além das reuniões com os profissionais capacitados que abordam temas sobre ansiedade, doenças correlacionadas ao tabaco e vai preparando o paciente para diminuir o cigarro ao ponto de parar. Depois, ele passa por uma avaliação médica e recebe a medicação que pode ser o adesivo que libera a nicotina ou pode ser a bupropiona, que é um calmante. Ele recebe os medicamentos por três meses e é considerado ex-tabagista depois de um ano sem fumar”, detalhou.
O encontro tem o intuito de reforçar o trabalho que já vem sendo desenvolvido nas unidades de saúde da capital. A ideia é capacitar os profissionais, fortalecer o programa de controle do tabagismo no município e contribuir para que Salvador permaneça com o menor índice possível de fumantes.
Este primeiro dia o encontro teve início às 8h, com a apresentação sobre o programa de controle do tabagismo e depois com orientações para preenchimento das planilhas que servem de apoio ao programa. Pela tarde, o debate permeou o tabagismo como problema de saúde pública e o registro do programa nas fichas do Sistema Único de Saúde (SUS).
Amanhã, a programação tem continuidade de 8h às 17h. Pela manhã serão abordadas questões como o tabagismo como dependência, o apoio medicamentoso do programa e os fatores que dificultam para a cessão de fumar. Já pela tarde haverá uma oficina sobre as sessões do grupo de tabagistas.
Dente os malefícios que podem ser adquiridos através do ato de fumar destacam-se o câncer de pulmão, bronquite crônica, asma, infarto, doenças do aparelho digestivo, osteoporose e o AVC. Em contrapartida, os que conseguem se desprender do vício normalizam o nível de oxigênio na corrente sanguínea, tornam a respiração e circulação mais fáceis, reduzem o risco de morte por infarto pela metade e melhoram a capacidade de sentir cheiros e sabores.