O delegado Igor Romário de Paulo, ex-comandante da equipe policial da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, foi dispensado do cargo de diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF (Polícia Federal). A decisão foi publicada nesta quinta-feira (11) no DOU (Diário Oficial da União).
O delegado havia sido nomeado para assumir o cargo na PF em janeiro de 2019, logo no início do governo Jair Bolsonaro. Igor, como é conhecido, era homem de confiança do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e um dos principais nomes da “República de Curitiba”. Apesar da dispensa, ele continua como delegado da PF.
A saída do delegado ocorre uma semana após a força-tarefa da Lava Jato ser praticamente extinta. Desde o dia 3 de fevereiro, a entidade passou a integrar o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
A portaria publicada hoje não detalha quem será o substituto de Igor Romário de Paulo no cargo de diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF.
Em Curitiba, Igor Romário de Paula era delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Superintendência da PF no Paraná.
Além disso, ele foi o coordenador das 57 fases da Lava Jato deflagradas até aqui e responsável pela integração entre a equipe que desarticulou o maior esquema de corrupção no governo federal, o escândalo envolvendo a Petrobras.
Na última semana, além da quase extinção da força-tarefa, a Lava Jato sofreu outra derrota no STF. Por quatro votos a um, a Corte decidiu que a defesa do ex-presidente Lula poderá ter acesso integral às mensagens vazadas da Lava Jato. O material foi apreendido na operação Spoofing, em que hackers foram investigados por invadir os telefones dos procuradores e do ex-juiz Sérgio Moro.
R7