Ex-presidente da Odebrecht, Pedro Novis relatou à Operação Lava Jato que a empreiteira pagou propinas ao ex-presidente Lula nas campanhas de 2002 e 2006.
O dinheiro foi pagou em dinheiro vivo no Brasil e também por “meio de depósitos no exterior”.
O antecessor de Marcelo Odebrecht no comando do grupo, Pedro Augusto Ribeiro Novis, ex-diretor-presidente da holding, confirmou em sua delação premiada com a Operação Lava Jato, que acertou com o ex-ministro Antonio Palocci dinheiro de caixa 2 para as campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva de 2002 e de 2006, quando foi reeleito.
O dinheiro foi pagou em dinheiro vivo no Brasil e também por “meio de depósitos no exterior”.
“Em ambas as campanhas, na condição de diretor-presidente da Odebrecht S.A. e por pedido do ex-presidente Lula a doutor Emílio Odebrecht, tratei das contribuições com Antonio Palocci, que, por sua vez, havia sido indicado para tratar do assunto pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva”, afirma, segundo o Estadão.
O delator afirmou que se encontrou na Odebrecht e nos hotéis Golden Tulip, da Alameda Santos, e no Sofitel, da Sena Madureira, ambos em São Paulo.
Novis foi questionado qual o montante pago nas campanhas de 2002, quando Lula foi eleito pela primeira vez. “Não consigo precisar, mas estiam que seja algo em torno de R$ 20 milhões da época”.
Em documento entregue à Procuradoria Geral da República (PGR), ele afirmou que em valores atuais o total seria equivalente a R$ 115 milhões.
Segundo ele, a grande maioria foi pago parcelado e em caixa 2. “2002, são 14 anos atrás. Conseguimos identificar R$ 50 mil em doação oficial da construtora para a campanha de 2002 do presidente”.
Bocão News