A ex-presidente Dilma Rousseff vai acompanhar de perto o depoimento do colega e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz federal Sérgio Moro, em processo em que ele é réu na Operação Lava Jato, na próxima quarta-feira (10).
Dilma deve desembarcar na capital paranaense em um voo comercial vindo de Porto Alegre por volta de 10h30.
A comitiva que vai acompanhar a ex-presidente solicitou às autoridades responsáveis a prioridade no desembarque assim que a aeronave pousar no aeroporto Afonso Pena.
Quanto a Lula, não existe confirmação do horário da chegada na capital paranaense. O ex-presidente vai voar de São Paulo para Curitiba em um jato particular.
“Não é confronto”
— Eu fico um pouco preocupado com toda essa expectativa em cima desse ato. É algo assim absolutamente normal dentro do processo. Por causa da Lava Jato, parece que eu sou juiz há três anos. Mas estou na carreira desde 1996, então já peguei vários processos, talvez não tão rumorosos, mas vários processos difíceis e igualmente interessantes.
Moro detalhou que o depoimento de Lula é “uma oportunidade que o acusado pode se defender no processo, ele pode ser inocente ou culpado, e o que o juiz faz nesse momento é basicamente é ouvir”.
— Ele faz perguntas e o acusado responde. O acusado pode também permanecer em silêncio, não precisa responder, e pode até faltar com a verdade. Na nossa legislação, não preve uma espécie de crime por falso testemunho para o acusado que vai em juízo e não fala a verdade. Nesse aspecto, nosso sistema é diferente do norte-americano. Lá o acusado só depõe se a defesa requer e se ele resolve depor, ele também é obrigado a falar a verdade sob a pena de perjúrio. Aqui no Brasil é um pouco diferente.
R7